Contraf-CUT denuncia ingerência do RH do Itaú nos exames dos bancários

Contraf-CUT denuncia ingerência do RH do Itaú nos exames dos bancários

31 de janeiro de 2024

Bancários do Itaú estão enfrentando dificuldades nos exames médicos por ingerência do banco nos resultados.

Depois da reunião com a direção do banco, na semana passada, a COE (Comissão de Organização dos Empregados) levou algumas denúncias de ingerência do departamento de Recursos Humanos (RH) em decisões médicas e problemas no PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). O caso mais emblemático é o de uma bancária, gerente de contas que foi desligada sob a alegação de que seu cargo não existia mais. No entanto, a denúncia revela uma série de irregularidades e desrespeito à saúde ocupacional da funcionária. Ela, que recentemente se recuperou de uma cirurgia, sempre atingiu as metas estabelecidas pelo banco, inclusive após seu retorno às atividades, período em que realizou fisioterapia e outras terapias, tudo de conhecimento da sua gestão. A situação agravou com uma avaliação médica, quando a bancária comunicou à médica do trabalho sua condição de saúde. Surpreendentemente, a médica a considerou inapta para retorno ao trabalho, indicando que não poderia ser desligada naquelas circunstâncias. Contudo, segundo a denúncia, a interferência do RH tornou-se evidente quando a bancária foi contatada para corrigir o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) para “Demissional”. Tanto a enfermeira quanto o RH afirmaram que houve um “equívoco” por parte da médica. Carlos Damarindo, representante da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) na COE Itaú, destaca a gravidade da situação. “A interferência direta do RH nas decisões médicas compromete a autonomia do profissional de saúde, o que é inadmissível”, diz. Damarindo ressalta que a bancária já foi orientada adequadamente diante desse cenário e observa com preocupação que tanto o ASO quanto o atestado original emitidos pela médica foram alterados de maneira suspeita. Para o dirigente sindical, a situação dela não é um caso isolado, mas o reflexo de uma prática prejudicial à integridade física e profissional dos trabalhadores bancários. “Nós exigimos uma investigação rigorosa sobre o ocorrido, para que a autonomia dos profissionais de saúde seja preservada, sem interferências externas que comprometam a integridade e a ética nas relações de trabalho”, afirma. Fonte: Contraf-CUT
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