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Contraf-CUT cobra mais contratações e condições de trabalho

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01 de fevereiro 2021

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) enviou um ofício nesta segunda-feira (1º/02) à direção da Caixa Econômica Federal para requerer esclarecimentos sobre a abertura de 75 novas agências e a contratação de 500 empregados, conforme foi anunciado pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, na semana passada.

Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE (Comissão Executiva dos Empregados) e secretária da Cultura da Contraf-CUT, lembra que o movimento sindical sempre cobrou a contratação de mais empregados, inclusive na última mesa de negociação permanente, realizada no dia 3 de dezembro de 2020. “Na Caixa temos um déficit de mais de 19 mil postos de trabalho. Isso somado às condições precárias de trabalho e às metas desumanas, faz com que os empregados estejam em sua maioria esgotados e adoecidos. Com mais contratações, com certeza, a situação melhoraria, pela distribuição de atividades. Mas, reforçamos que a contratação de 500 funcionários diante da abertura de 75 novas agências é muito pouco perto da necessidade”.

“Reforçamos a reivindicação também de melhores condições de trabalho, como reforço dos protocolos contra o Covid-19, sistemas constantes e ágeis, manutenção de equipes de apoio como recepcionistas e vigilantes. Isso também propicia melhor atendimento para a sociedade”, completou Fabiana.

A Caixa chegou a ter 101,5 mil trabalhadores em 2014 e atualmente conta atualmente com 84,2 mil empregados. Mesmo assim, o banco trabalha com a estimativa de desligamento de mais 7,2 mil trabalhadores por meio de PDV (Programa de Desligamento Voluntário).

Em defesa de mais contratações, a Contraf/CUT e a Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) iniciaram um trabalho de coleta de adesões a um abaixo-assinado, cujo objetivo é reivindicar a recomposição do quadro de empregados da Caixa, reduzido ano a ano. A iniciativa foi adotada com o entendimento de que, sem investimentos, o banco público é submetido à precarização das condições de trabalho, o que reflete no adoecimento dos empregados e na qualidade do atendimento à população.

Mexeu com a Caixa, mexeu com o Brasil

A Caixa Econômica Federal é a principal operadora e financiadora de políticas públicas sociais, além de geradora de emprego, renda e desenvolvimento. Cerca de 70% do crédito habitacional é feito pela Caixa e 90% dos financiamentos para pessoas de baixa renda estão no banco público. Além de moradias populares — como as do programa Minha Casa Minha Vida — a estatal também investe na agricultura familiar, no Fies (Financiamento Estudantil) e nas micro e pequenas empresas.

A Caixa está presente na vida de empreendedores e é o banco que mais facilita o crédito para os pequenos negócios. Só em 2020, liberou mais de R$ 28 bilhões em financiamentos a juros baixos para 300 mil pequenas e médias empresas.

O banco é, ainda, a maior parceira dos Estados e municípios no financiamento de grandes obras de saneamento e infraestrutura — áreas essenciais para a garantia de melhor qualidade de vida à população.

A Caixa está em 97% dos 5.570 municípios para que as ações sociais cheguem a quem mais precisa. São 54 mil pontos de atendimento disponíveis no país: 4,2 mil agências e postos, 8,6 mil correspondentes bancários, 12,9 mil lotéricos e 28,3 mil caixas eletrônicos (ATM’s). Além disso, é o único banco que chega aos locais mais remotos por meio de oito unidades-caminhão e duas agências-barco na Região Amazônica.

Fonte: Contraf-CUT