Direitos não caem do céu e nem mesmo são concessões dos bancos, como muitas pessoas podem pensar. A organização da categoria bancária começou em 1933 na luta pela redução da jornada de trabalho, que naquela época era de 8 horas ou até mais.

Com o passar do tempo novas demandas foram surgindo e bancários e bancárias de todo o país passaram a se organizar em torno de Associações, que culminaram em ser transformadas em Sindicatos.

Neste período foram muitas as conquistas obtidas com grandes mobilizações, greves memoráveis e duras negociações com os bancos.

O resultado é uma CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) com abrangência nacional, garantindo direitos iguais a toda categoria, e à inclusão de avanços a cada data base, graças à unidade dos bancários e bancárias que atuam nas instituições federais e privadas.

Veja abaixo as principais conquistas:

1933 - Greve garante jornada de seis horas nos bancos

1934 – Primeira greve geral da categoria conquista a estabilidade a partir dos dois anos de trabalho e criação do IAPB (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários), extinto em 1967, durante a ditadura militar

1957 – Garantia de recebimento de horas extras e da aposentadoria por tempo de serviço

1961 – A “Greve da Dignidade” conquista o ATS (Adicional por Tempo de Serviço). Em campanha junto com outras categorias, os bancários e os trabalhadores brasileiros garantiram o 13º salário

1962 – Mobilização dos bancários acaba com trabalho aos sábados

1981 - Conquista do Auxílio-creche

1982 - Unificada a data-base

1985 - Empregados da Caixa conquistam enquadramento como bancários

1990 - Conquistado o Vale-refeição

1991 - Unificação nacional dos pisos

1992 - Assinada a primeira CCT (Convenção Coletiva Nacional)

1994 - Conquista do Auxílio Cesta-alimentação

1995 - Campanha Nacional assegura a Participação nos Lucros e Resultados

1997 – Afastados por doenças/acidentes recebem complementação salarial

2000 - Regras definem igualdade de oportunidades nos bancos

2003 - Unidade garante PLR aos bancários dos bancos públicos

2004 - Greve assegura aumento real nos salários

2006 - Mobilização garante a PLR Adicional

2007 - Conquistada a 13ª Cesta-alimentação

2009 - Licença-maternidade é ampliada para seis meses. CCT prevê isonomia de tratamento para homoafetivos. PLR ganha nova forma de cálculo

2010 - Assinado Acordo de combate ao assédio moral

2011 - Pisos são valorizados com ganho real de até 4,3%

2012 - Afastados têm assegurado salários até liberação do benefício do INSS

2013 - Conquistado o Abono-assiduidade

2014 - Bancos aceitam custear exames de CPA-10 e CPA-20. Cláusula na CCT prevê combate às metas abusivas

2016 - Convenção Nacional assinada por dois anos. Garantido aumento real na data base de 2017

2018/2019 - CCT com validade de dois anos sem aplicação da reforma trabalhista. Conquistado parcelamento do adiantamento de férias. Assegurado aumento real de 1% para 2019. Bancos concordam em realizar 3º Censo da Diversidade

2020 – Categoria garantiu trabalho em home office durante a pandemia de Covid-19. CCT passou a ter cláusula sobre apoio a bancárias vítimas de violência doméstica

2022 – Negociações com os bancos asseguram direitos aos bancários e bancárias que executam trabalho remoto, como equipamentos e ajuda de custos, além de controle da jornada de trabalho.

2024 - CCT válida por dois anos, com reajuste de 4,64% (ganho real de 0,9% em 2024 e de 0,6% em 2025). Reajuste de 8% na verba de requalificação de 15% para contínuos e pessoal da portaria.
Reforço no combate ao assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho.
3 mil bolsas em curso na área de tecnologia, com prioridade para mulheres negras, LBGTQIA+ e PCDs e 100 bolsas para programa intensivo na área tecnológica para mulheres.
Abono de ausência a PCDs para conserto ou reparo de prótese.
Permissão de uso do nome social antes da obtenção do registo civil para LGBTQIA+.

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