GT não chega a consenso para Promoção por Mérito na Caixa

01 de fevereiro 2022
Em reunião realizada na segunda-feira (31/01), os representantes dos empregados no GT (Grupo de Trabalho) Promoção por Mérito da Caixa Econômica Federal formalizaram aso banco que não aceitam a imposição do programa de GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas) como critério absoluto para avaliação e distribuição dos deltas (plano de carreira) aos trabalhadores, como quer a direção do banco.
O coordenador da representação dos empregados no GT, João Paulo Pierozan, informou que levou a proposta da Caixa à CEE (Comissão Executiva de Empregados) Caixa, que também recusou a proposta do banco.
“Fizemos um histórico sobre as negociações e os parâmetros oferecidos pela Caixa e, de fato, houve a discordância da Comissão, reafirmando nossa posição contra a GDP como único critério para avaliação”, informou.
A representação dos empregados reafirmou a proposta de distribuição linear de 1 delta para todos os empregados elegíveis. Também solicitou que ausência dos empregados que aderiram à paralisação no dia 27 de abril de 2021, não seja considerada como falta não justificada, uma vez que a greve é um direito do trabalhador. Faltas injustificadas são impedimento para a participação no processo de Promoção por Mérito. A Caixa informou que ainda não tem posição sobre o assunto.
Na reunião anterior, que aconteceu no dia 8 de dezembro, a Caixa chegou a ampliar o número de empregados elegíveis ao primeiro delta, mas manteve a GDP como critério único para avaliação.
“Entendemos que a Caixa fez um esforço para ampliar o número de empregados aptos ao primeiro delta, mas recusamos a GDP como critério absoluto porque entendemos que ela utiliza pontos subjetivos para a avaliação que impossibilitam sua mensuração. Além de uma ‘curva forçada’ para mudar a cultura de avaliação dentro da empresa”, destacou Marcelo Lopes de Lima, representante da Feeb-SP/MS (Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul) no GT.
O presidente da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), Sergio Takemoto, reforça o posicionamento sobre a GDP. “Ela tem sido usada principalmente para assediar os empregados, especialmente no cumprimento de metas desumanas. E é um absurdo chegarmos ao final de janeiro sem termos critérios claros de avaliação dos empregados para a Promoção por Mérito. Isso é uma falta de respeito do banco com seus trabalhadores”, disse Takemoto.
A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, informou que vai entrar em contato com o banco para tentar avançar no impasse. “Se a negociação não for possível no GT, a discussão sobre a Promoção por Mérito será levada para a mesa permanente de negociação”, informou.
Fonte: Fenae