Taxa de desemprego cresce 12,6% no país

01 de março 2017
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,6% no trimestre encerrado em janeiro, índice considerado recorde pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o que representa 879 mil pessoas desocupadas a mais em três meses, para um total estimado em 12,921 milhões.
De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, são 3,302 milhões de desempregados a mais em um ano, apontando um crescimento de 34,3%.
Os dados mostram a entrada de mais gente no mercado de trabalho, que continua sem abrir vagas. Com maior procura e sem oferta, a taxa sobe. Em relação a igual período do ano passado, por exemplo, mais 1,554 milhão de pessoas aumentaram a força de trabalho (aumento de 1,5%).
Enquanto isso, o país eliminou 1,748 milhão de ocupações (-1,9%), resultando em 3,3 milhões de desempregados a mais. O total de ocupados é estimado em 89,854 milhões, estável em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em outubro.
Ainda nessa comparação, alguns setores criaram vagas, caso do comércio/reparação de veículos (410 mil), serviços de alojamento e alimentação (161 mil) e serviços de transporte, armazenamento e correio (126 mil). O grupo que inclui administração pública, saúde, educação e seguridade fechou 651 mil empregos e a indústria cortou 254 mil.
Em relação há um ano, só alojamento/alimentação cria empregos (393 mil). A indústria fecha 897 mil e a construção, 755 mil.
O número de empregados com carteira assinada foi estimado em 33,858 milhões. Fica estável em relação ao trimestre anterior e cai 3,7% ante 2016, com fechamento de 1,302 milhão de vagas formais. O trabalho por conta própria recua 3,9% em um ano, com menos 902 mil vagas, e o emprego sem carteira cresce 6,4% (626 mil).
Estimado em R$ 2.056,00, o rendimento médio ficou estável ante o período imediatamente anterior e também em 12 meses. A massa de rendimentos (R$ 180,191 bilhões) registra variações de 0,7% e -1,1%, respectivamente.
Ainda na Pnad Contínua, o IBGE divulga um dado à parte, sobre a chamada subutilização da mão de obra – pessoas que estariam aptas e gostariam de trabalhar ou que trabalham por um número insuficiente de horas. Esse contingente, segundo levantamento divulgado na quinta-feira (23/02), é de 12 milhões de pessoas.
Fonte: Rede Brasil Atual