Professores e outras categorias de servidores estaduais mantêm a greve

01 de maio 2015
O massacre ordenado pelo governo Beto Richa (PSDB) aos grevistas na quarta-feira (29/04), em frente à Assembleia Legislativa, em Curitiba, não conseguiu sufocar o movimento. As categorias decidiram manter as paralisações das atividades e realizam hoje 1º de Maio, Dia da Classe Trabalhadora, manifestação no local para mostrar o repúdio à truculência contra os servidores e à aprovação do projeto que autoriza o confisco na ParanaPrevidência.
Mantendo sua postura ditatorial, o governador sancionou ontem (30/04) o projeto de lei 252/2015, transferindo para o fundo da ParanaPrevidência 33,5 mil servidores aposentados que tinham seus benefícios custeados pelo caixa do Estado. Esta manobra vai retirar do fundo R$ 125 milhões mensais.
Estão participando do Ato organizado pela APP Sindicato desde professores e funcionários administrativos da Educação, bem como os demais servidores do Estado, Centrais Sindicais e populares solidários a esta luta. Eles estão participando de caminhada até o Centro Cívico, levando livros, flores, faixas e cartazes condenando a violência, intitulando Beto Richa de inimigo da Educação e pedindo sua saída do governo do Paraná.
“Queremos voltar a ocupar a Praça Nossa Senhora de Salete da forma como sempre fizemos, com entusiasmo e garra, e, sempre, de forma pacífica”, ressalta o presidente da APP, Hermes da Silva Leão.
Na segunda-feira (4/05), a direção da APP estará reunida para avaliar o movimento e preparar a Assembleia Estadual, que será realizada no dia 5, em Curitiba, para definir os rumos da greve. Depois, haverá Ato Público contra a agressão aos trabalhadores da Educação, com a participação de Sindicatos da CUT, outras entidades e movimentos sociais, populares e estudantis.
Londrina
A paralisação dos servidores estaduais também é mantida na área de saúde em Londrina, com a participação de funcionários dos Hospitais da Zona Norte, Zona Sul, Hospital das Clínicas, Hospital Universitário, da Justiça, da UEL e de outros órgãos do serviço público estadual.
Nos hospitais, o atendimento só é feito nos casos de urgência.
As escolas permanecerão fechadas até que a Assembleia Estadual decida pelo retorno ao trabalho.
Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR