A 18ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre os dias 29 e 31 de julho, em São Paulo, definiu a minuta de reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2016, bem como as estratégias de luta para este ano. O evento teve o tema “Vamos juntos defender nossos direitos e a democracia” e contou com a participação de 633 delegados, sendo 233 mulheres e 400 homens, além de 34 observadores e 51 convidados.

A conjuntura econômica e política do país foi analisada durante a Conferência Nacional, com ênfase na ameaça de mudanças na legislação trabalhista através de uma reforma, anunciada pelo presidente provisório, Michel Temer, com o objetivo de atender aos interesses das grandes empresas.

A Minuta Unificada de reivindicações tem como eixos centrais o reajuste de 14,78%, que inclui a inflação acumulada desde setembro/2015 mais aumento real nos salários, piso salarial no valor do salário mínimo do Dieese (calculado em R$ 3.940,24 para o mês de junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,00, defesa do emprego, fim das metas abusivas e do assédio moral, não à terceirização e defesa das empresas públicas.

Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina, afirma que foi finalizada mais esta etapa da construção da Campanha Nacional Unificada 2016 e cabe agora à categoria se preparar para cobrar dos bancos o atendimento das reivindicações. “Vamos intensificar os contatos com os bancários e bancárias no sentido de somar forçar para driblar as dificuldades que os bancos colocarão nas mesas de negociações”, adianta Regiane, lembrando que o marketing da Campanha “Só a luta te garante” deste ano aponta esta necessidade da categoria para obter os avanços desejados.

Por Armando Duarte Jr.