COE se reúne com direção do banco para debater emprego e pendências

01 de dezembro 2016
A COE do Itaú se reuniu com a direção banco na quarta-feira (30/11), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para debater a questão do emprego, entre outras pendências. A reunião ocorreu a pedido da Contraf-CUT, pois o banco havia se comprometido a discutir o tema emprego a cada três meses.
Os representantes dos trabalhadores sugeriram a construção de uma agenda de reuniões para debater a minuta de reivindicações específicas que foi entregue ao banco. Uma das apostas do Itaú é de que o mundo digital será um segmento que vai crescer em 2017.
“O banco até pode investir no segmento virtual, mas não pode dar as costas para os problemas das agências convencionais, porque o número de demissões é alto e tem causado sobrecarga de trabalho e, consequentemente, o adoecimento dos bancários e bancárias”, aponta Kelly Menegon, secretária de Saúde do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE Itaú.
Por outro lado, o banco sinalizou que tem uma pauta de discussões para ser entregue durante o ano de 2017. Na ocasião, os representantes do banco apresentaram o ‘Turnover’, que significa a rotatividade dentro do banco, ou seja, demissões e contratações. Foram apresentados dados de janeiro a outubro de 2016, onde foram 6.768 desligamentos feitos no banco e 4.485 admissões.
Segundo relata Kelly, a COE Itaú repudiou veemente essa política, tendo em vista a alta lucratividade do banco e a falta de justificativa para reduzir o quadro de pessoal, além de cobrar a responsabilidade social do banco, enquanto empregador e inserido na sociedade como prestador de serviços bancários.
Na reunião também foram discutidos o acesso às agencias digitais e a Central de Realocação.
Sobre a Central de Realocação foi cobrado do banco respostas para as demissões que estão ocorrendo e questionado o porquê da Central só ter funcionado durante o início da fusão com o Unibanco, no período de 2009 a 2012.
“Hoje, o Itaú tem o Programa Conectando Oportunidade, mas o mesmo não está cumprindo seu papel e as demissões continuam ocorrendo sem que haja, de fato, a realocação de pessoal para outros setores”, critica Kelly Menegon.
Os dirigentes sindicais cobraram ainda respostas em relação ao PCR. O acordo deve ser firmado até o final de dezembro seguindo orientações legais.
GT de Saúde
Nesta quinta-feira (1º/12) o GT de Saúde irá se reunir com o banco na sede da Contraf-CUT, às 14h00.
Fonte: Contraf-CUT