O balanço do Bradesco, referente ao exercício financeiro de 2016 apontou a obtenção de lucro líquido de R$ 17,121 bilhões, resultado que representa queda de 4,2% em comparação ao montante contabilizado no ano anterior.

Em contato feito na manhã de hoje (2/02), com a Contraf-CUT, o Bradesco informou que o pagamento da segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) será feito no dia 10 de fevereiro.

Os funcionários e funcionárias receberão o valor restante da Regra Básica e a parcela adicional, que será de R$ 4.346,69.

No quarto trimestre, o lucro do banco atingiu R$ 4,385 bilhões, com queda de 1,7% em relação aos demais trimestres do ano, porém indica recuo de 11% se for comparado com o valor apurado no mesmo período de 2015.

A carteira de crédito expandida do Bradesco, segundo revela o balanço, atingiu R$ 514,99 bilhões no final de dezembro, com aumento de 8,6% em relação ao saldo de dezembro de 2015. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 172,045 bilhões - um crescimento de 16,4% em relação a dezembro de 2015, enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 342,945 bilhões (alta de 5,1% em relação a dezembro/2015).

O Bradesco também teve um aumento anual de 14,4% das receitas com serviços e tarifas, que atingiram R$ 7,55 bilhões, valor praticamente estável sobre o trimestre anterior. Já as despesas administrativas com pessoal de outubro a dezembro cresceram 2,1% na medição sequencial e 24,6% na anual, para R$ 10,48 bilhões, também refletindo aquisição das operações do HSBC.

Ana Claudia Ribeiro, diretora do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco acredita que com base nos números apresentados no balanço não há razão para que o banco venha efetuando tantas demissões.

“Só neste início de 2017 já tivemos cinco cortes de bancários e bancárias em Londrina, o que indica um processo de demissões em massa em nossa base”, denuncia Ana Claudia, lembrando que liminar concedida no final do ano passado pelo TRT/PR (Tribunal Regional do Trabalho do Paraná) proíbe o Bradesco de fazer dispensa coletiva. 

PDDs

O Bradesco destinou R$ 21,7 bilhões no ano passado para as PDDs (Provisões para Devedores Duvidosos) e para 2017 o montante previsto é de R$ 21 bilhões a R$ 24 bilhões. A expectativa do banco, segundo informou O Globo, é de que este ano o crédito será fraco e terá expansão estimada entre 1 e 5%.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias encerrou dezembro de 2016 em 5,5%, acima dos 4,1% em dezembro de 2015.

Fonte: O Globo/Contraf-CUT