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Defesa das estatais e vacina para todos são prioridades do movimento sindical, diz presidenta da Contraf-CUT

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02 de março 2021

O desmonte das empresas públicas e o ritmo lento da vacinação contra a Covid-19 em todo o País preocupam o movimento sindical bancário e associativo. Em reunião realizada na segunda-feira (1º/03), dirigentes de Apcefs (Associações do Pessoal da Caixa) de todo o País e da Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) debateram essas questões e reafirmaram a necessidade de ampliar a resistência contra o descaso do Governo Bolsonaro em relação à pandemia e aos ataques às estatais.

A presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Juvandia Moreira, participou da reunião do CDN (Conselho Deliberativo Nacional) da Fenae. “Nós estamos nessa situação crítica em todo o País, porque o governo federal tomou decisões erradas. O combate à pandemia não tem uma coordenação e faltam medidas efetivas para diminuir a transmissão. Desde o ano passado as Centrais Sindicais têm cobrado a compra de vacinas. Vacina para todos é urgente”, destacou a presidenta da Contraf-CUT, que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Os representantes das entidades representativas dos bancários e dos empregados da Caixa vêm cobrando dos bancos maior rigor no enfrentamento da pandemia, com medidas de proteção aos trabalhadores. “O País está retrocedendo em relação fase inicial da pandemia. No momento, não temos perspectiva de melhora. O governo não tem plano de vacinação em massa e quer jogar a responsabilidade desse caos para a população. Não tem a mínima consideração com a vida das pessoas. É um governo genocida”, criticou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Representantes de Apcefs relataram iniciativas para incluir os empregados da Caixa no grupo de vacinação contra a Covid-19. As agências lotadas funcionam como vetores da contaminação. “Os empregados da Caixa estão entre os trabalhadores mais expostos ao coronavírus durante a pandemia. Temos que considerar ainda que muitos trabalhadores do grupo de risco estão em home office. Com a imunização, eles poderiam retornar às unidades e reforçar o atendimento à população”, argumentou o presidente do CDN e presidente da Apcef/MS, Jadir Garcia.

Privatizações

Em meio ao caos gerado pela pandemia da Covid-19, os ataques às empresas públicas não cessam. Bancos públicos, como a Caixa e o BB, e empresas estatais, como Correios e a Petrobrás, são alvo de um desmonte, que visa a privatização dessas empresas.

Na reunião do CDN, a presidenta da Contraf-CUT informou que um calendário de lutas está sendo formado pela CUT e outras Centrais Sindicais para reforçar mobilização dos trabalhadores e da sociedade geral contra a agenda privatista do governo.

Na quinta-feira (4), será realizado Dia Nacional de Luta contra privatização das Estatais. A mobilização faz parte da Campanha Não Deixem Vender o Brasil, lançada na semana passada pela CUT, que conta com apoio da Fenae e da Contraf-CUT. “Precisamos fazer esse debate chegar à sociedade. Esclarecer a população sobre os motivos para ela estar pagando mais caro pela gasolina ou gás de cozinha. O governo tem condições de adotar outra política de preços”, avalia Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT