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Contraf-CUT cobra o fim dos abusos da Caixa na reestruturação

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02 de julho 2019

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) cobrou da Caixa Econômica Federal, na última sexta-feira (28/06), a suspensão da reestruturação promovida pelo banco que afeta mais de mil bancários de áreas meio em todo o País. A medida foi tomada unilateralmente, sem negociação com o movimento sindical, o que fere cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho.

A Caixa alega que não está descumprindo o ACT, porque não considera uma reestruturação. “Na verdade, não é uma reestruturação. É pior. É uma desestruturação do banco público, pois a direção está esvaziando áreas estratégicas que envolvem conhecimento, e não está suprindo a falta de empregados das agências”, afirma Dionísio Reis, coordenador da CEE (Comissão Executiva dos Empregados).

Os representantes dos empregados propuseram que antes de promover um processo arbitrário de reestruturação, a Caixa abra a possibilidade de os trabalhadores, de forma voluntária, se transferir para as agências. A Caixa respondeu que tomará essa medida em uma eventual nova reestruturação.

A diretoria não se dispôs a resolver de forma geral os problemas e nem a suspender a reestruturação, mas se comprometeu a ver de forma pontual os descomissionamentos. Por isso, a Confederação orienta os empregados da Caixa de todo o Brasil a procurarem seus Sindicatos para denunciar possíveis abusos durante o processo de desestruturação do banco.

Desrespeito continua

O desrespeito da Caixa com os empregados ficou ainda mais claro na segunda-feira (1º/07). O banco não enviou nenhum representante para a mediação com o MPT (Ministério Público do Trabalho) que busca a suspenção da reestruturação.

“Estamos atuando em todas as frentes possíveis para minimizar todo esse ataque feito contra a própria Caixa, na sua desestruturação, e contra os empregados. Buscamos o MPT na tentativa de avançarmos nas negociações e solucionarmos os problemas. Queremos transparência e respeito com os empregados, pois são vidas que estão sendo alteradas de forma drástica e com prejuízos emocionais e até financeiros. E a Caixa, ao invés de comparecer à audiência, pede para ser adiada”, declarou Fabiana Uehara Proshcholdt, secretária de Cultura da Contraf-CUT e representante da entidade nas negociações com o banco.

Uma nova audiência no MPT foi marcada para o dia 8 de julho.

Fonte: Contraf-CUT