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Caixa segue a Fenaban e não apresenta proposta aos empregados

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02 de agosto 2018

A Caixa Econômica Federal não apresentou propostas para as reivindicações dos empregados durante a mesa de negociação específica realizada nesta quinta-feira (2/08), em São Paulo, com a CEE (Comissão Executiva dos Empregados).

Todos os itens discutidos foram norteados pela cobrança da manutenção do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) específico dos empregados do banco.

Os negociadores da Caixa se comprometeram em apresentar uma proposta global para as reivindicações na rodada agendada para o dia 7/08, logo após a reunião com do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

No dia 8, Sindicatos de todo o País realizarão Assembleias Gerais para avaliar as contrapropostas dos bancos.

PLR e PLR Social

Os empregados cobraram a garantia da PLR e da PLR Social. Para o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis, é inadmissível que o Acordo não abranja a todos e que resguarde os abusos da nova lei trabalhista.

“Não vamos aceitar de forma alguma o que não seja regra As nossas conquistas históricas estão consignadas no Acordo Coletivo. É inadmissível que o Acordo tenha restrição das clausulas que já estão consignadas. Queremos ampliar as conquistas e não restringir, por isso colocamos nosso protesto em defesa da PLR e da PLR social”, reivindicou. O banco não garantiu o direito mantendo a limitação imposta pelo governo Michel Temer (MDB).

Saúde Caixa

A Caixa afirmou que irá aplicar a resolução 23 da CGPAR e não garantiu a manutenção do modelo Saúde Caixa, da forma que foi criado.

“A resolução afeta não apenas o plano de saúde dos empregados da Caixa, mas de todas as empresas públicas. Defendemos a Saúde Caixa no acordo coletivo no modelo que ele foi construído historicamente pelos empregados na mesa de negociação”, afirmou Dionísio Reis.

De acordo com a Fabiana Uehara, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações, é preciso reforçar a defesa do plano de saúde.

“O Saúde Caixa é fruto de uma conquista da greve de 2003. Reforçamos a defesa do Saúde Caixa autossustentável, na sua melhoria e quando necessário o empregado possa utiliza-lo na sua totalidade”, disse.

Contratações e Vedação do Descomissionamento de Gestantes

A CEE cobrou da Caixa o fim dos descomissionamentos de gestantes e a contratação de mais empregados. De acordo com o coordenador da CEE/Caixa, a regra do banco para os descomissionamentos é omissa.

“Requeremos uma vedação para não descomissionamento da gestante e a segurança, para que, após a volta ao trabalho, ela possa ter mais 6 meses de garantia para não ter o descomissionamento da função”, afirmou.

Para Dionísio Reis, a situação de sobrecarga de trabalho nas agências é preocupante. “Hoje os colegas sofrem com muita sobrecarga, a redução dos empregados faz com que as unidades se tornem ambientes cada vez mais nocivos à saúde”, avaliou.

O banco não apresentou proposta para ambas as reivindicações e indicou a possibilidade de contratar terceirizados para atividade fim.

Bancário Temporário

A revogação do RH 037, mais uma vez esteve em pauta na mesa de negociação, porém, mais uma vez, a resposta da Caixa foi negativa à reivindicação. O normativo, que passou por atualização em agosto de 2017 para se adequar à Lei da Terceirização, permite a contratação de trabalhadores temporários sem qualquer vínculo empregatício com o banco, por meio de empresas que fornecem mão de obra terceirizada, para a realização de tarefas de técnico bancário.

Os dirigentes sindicais também discutiram a criação de um programa de tratamento para dependentes químicos.

Foram apresentados todos os pontos discutidos no último Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa), como: a defesa da Caixa 100% pública, nenhum direito a menos e saúde e condições de trabalho sem respostas do banco.

Fonte: Contraf-CUT