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FENAE cobra da CAIXA responsabilidade na negociação da Campanha Nacional da categoria

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02 de outubro 2013

A Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) cobra, em editorial publicado ontem (1º/10), que a Caixa Econômica Federal assuma a responsabilidade que lhe cabe na busca de solução para o impasse das negociações da Campanha Salarial 2013, bem como os demais bancos em relação ao conjunto dos trabalhadores do Sistema Financeiro Nacional.

O texto da Fenae lembrou que ontem, a greve nacional dos bancários completou 13 dias, com “os trabalhadores e a sociedade sendo brindados com o mais absoluto silêncio patronal, como se os bancários não merecessem qualquer reconhecimento e os cidadãos não tivessem que ser levados em conta”.

Para a entidade, o descaso frente às reivindicações dos trabalhadores tem a mesma medida do desrespeito aos clientes e usuários do Sistema Financeiro. E deixa evidente que os bancos se guiam unicamente por sucessivos recordes de lucros, mesmo com seus ganhos já na estratosfera.

Uma crítica é feita ao fato de não se observar, nesta greve, qualquer distinção de comportamento entre os bancos, sejam públicos ou privados, grandes ou pequenos, lembrando que “essa padronização de atitude, no caso da Caixa, é incoerente com o discurso de quem busca diferenciar-se no relacionamento com os trabalhadores e a população”.

O editorial da Fenae questiona a falta de coerência da Caixa quanto ao seu apregoado propósito de em breve se colocar entre os três maiores bancos do país. Diz que “se a empresa busca o topo, no entanto, deve buscar também o protagonismo que cabe a quem chega lá”. A Caixa, aliás, é desafiada a atuar com base em um protagonismo positivo, guiado pelo reconhecimento ao esforço dos bancários e pelo respeito aos direitos e às necessidades dos cidadãos.

O texto desafia a Caixa, por fim, a atuar de forma responsável e condizente com o que representa no Sistema Financeiro. Segundo a Fenae, “a empresa precisa assumir papel de protagonista no âmbito da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e liderar as negociações, para que seja construída a solução que bancários e sociedade aguardam para a greve”.

Fonte: Fetec-CUT/PR