Bancários e bancárias de Londrina aprovaram, em Assembleia Geral realizada ontem (1º/10), no auditório do Crystal Palace Hotel, a rejeição à proposta apresentada pela Fenaban ao Comando Nacional no último dia 25 de setembro, e deliberaram, por unanimidade, a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir da terça-feira (6).

Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina, afirma que na ocasião foi amplamente discutida a proposta prevendo apenas 5,5% de reajuste e um abono de R$ 2.500,00, bem como o que ela representa em relação às reivindicações da categoria.

“O entendimento de todos é de que esse índice é insuficiente para repor as perdas com a inflação e não condiz com a realidade vivida pelo setor financeiro, com seus lucros cada vez mais altos”, relata. No primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) tiveram juntos R$ 36,3 bilhões de lucro líquido, montante este que representa uma alta de 27,3¨% em comparação ao valor apurado no mesmo período de 2014.  

“O sentimento da Assembleia é de que só com uma greve forte, já a partir do primeiro dia, conseguiremos romper com a intransigência dos bancos e arrancar uma proposta adequada às nossas necessidades”, afirma Regiane.

Na segunda-feira (5/10), haverá uma Assembleia organizativa às 19h00, na Sede Administrativa do Sindicato de Londrina, para definir as estratégias do movimento.

Reversão salarial

De acordo com Regiane Portieri, a diretoria do Sindicato defendeu e a categoria aprovou a proposta de fixar em 0% a Taxa Assistencial deste ano, que é uma contribuição prevista na legislação para auxiliar as entidades sindicais a custearem as despesas com a Campanha Salarial.

“Este procedimento faz parte da política que adotamos há 18 anos, de administrar o Sindicato através dos recursos arrecadados com as mensalidades pagas pelos bancários e bancárias filiados, como forma de desonerar o orçamento da categoria”, explica.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR