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Bancos abrem 544 empregos em janeiro de 2016

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03 de março 2016

Diferente dos resultados apresentados ao longo de 2015, a PEB (Pesquisa do Emprego Bancário), elaborada pela Contraf-CUT, em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), revelou em no mês de janeiro deste ano os bancos que operam no país abriram 544 postos de trabalho. Os dados utilizados na PEB são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Os balanços dos bancos referentes ao exercício financeiro de 2015 apontam para a redução de 9.886 empregos, ao mesmo tempo em que os lucros bateram novos recordes.

Mesmo assim, nove estados apresentaram saldos negativos de emprego. Os maiores cortes ocorreram no Rio Grande do Sul, com 43 cortes, e Rio de Janeiro, com 29 cortes. Os Estados com maiores saldos positivos foram Pernambuco, Bahia e Ceará, com geração de 108, 102 e 75 novos postos de trabalho, respectivamente.

A análise por Setor de Atividade Econômica revela que apenas a Caixa Econômica Federal apresentou saldo negativo no período (-82 postos de trabalho). Os Bancos Múltiplos com Carteira Comercial, categoria que engloba grandes instituições como Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC, geraram 577 novos postos.

Desigualdade entre Homens e Mulheres permanece
 

As 1.427 mulheres admitidas nos bancos no primeiro mês de 2015 receberam, em média, R$ 3.065,92. Esse valor corresponde a 83,9% da remuneração média auferida pelos homens contratados no mesmo período.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres é observada também na demissão. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos em janeiro recebiam R$ 5.281,06, o que representou 73,4% da remuneração média dos homens que foram desligados dos bancos.

Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina, afirma que para mudar esse cenário será preciso muita força nas negociações permanentes com os bancos e na mobilização da Campanha Nacional Unificada 2016.

“A luta pela igualdade é constante. Apesar de tentarem passar imagens nas propagandas de que tudo é maravilha no setor, os bancos continuam discriminando as mulheres no que diz respeito à remuneração e às promoções, além de não tomar iniciativas concretas para corrigir essa cultura atrasada”, critica.

Fonte: Contraf-CUT