Os trabalhadores do Ramo Financeiro de todo o país, da base de sindicatos filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), se reuniram em plenária na sexta-feira (2/08), e aprovaram por unanimidade um conjunto de propostas da categoria para o 13º ConCUT (Congresso Nacional da CUT), que será realizado em outubro.

De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, que coordenou a plenária, entre as propostas destaca-se a organização do macrossetor de serviços e o sustento financeiro dos sindicatos. Além do conjunto de propostas elaboradas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), também foi inserida uma contribuição do Paraná, que propõe ampliação de arrecadação através de campanhas para captação de valores simbólicos para subsidiar os sindicatos.

Uma delegação da FETEC-CUT-PR (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná), reunindo representantes dos 10 Sindicatos filiados, participou da plenária.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, lembrou que o ConCut terá o desafio de conscientizar os sindicatos a pensar novas formas de organização e de ampliação da representação de toda a classe trabalhadora. “Não foi o movimento sindical que mudou, foi o mundo que mudou”, avalia. “Nós temos que mudar e CUT e fundamentalmente mudar os sindicatos. Não adianta só unificar sindicatos ou somente fortalecer a organização por local de trabalho. Precisamos avançar no processo de representação de toda a classe trabalhadora”, disse Vagner Freitas.

O dirigente também saudou os novos dirigentes que militam no sindicalismo e que enxergam os sindicatos como estrutura de transformação da sociedade, entendimento que está alinhado com a proposta da CUT de se reinventar.

Dados sobre a categoria

A presidenta da Contraf-CUT, Juvândia Moreira, apresentou dados da RAIS 2017 sobre os trabalhadores do Ramo Financeiro, conforme levantamento e análise do Dieese. O Ramo Financeiro possui 1.285.000 trabalhadores do país, sendo que 806.195 são com carteira assinada. Desse total, 36% são bancários, contemplados pela Convenção Coletiva de Trabalho; 37% estão na informalidade ou são PJ. Outros 27% são trabalhadores formais do ramo financeiro em outros serviços, como planos de saúde, seguros, previdência, crédito.

Por Paula Zarth Padilha/FETEC-CUT-PR