Integrantes da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Santander se reuniram para definir as estratégias na negociação com o banco sobre o Acordo Aditivo, que ocorreu ontem (2/09), em São Paulo.

Os representantes do Santander, atendendo ao pedido feito pela COE na ocasião da entrega da Minuta, no dia15\08, anunciaram a prorrogação da atual Minuta até a celebração de novo instrumento coletivo de trabalho.

Na reunião foi definido, em consenso entre as partes, que as cláusulas existentes somente seriam debatidas caso houvesse alguma alteração na redação. Dessa forma, foram discutidas apenas as novas reivindicações apresentadas ao Santander este ano.

"Foi muito positiva a primeira rodada de negociações. Os representantes do banco cumpriram o que haviam nos prometido, com a formalização da prorrogação da atual Minuta até sua efetiva renovação e concordaram com a realização de mais duas rodadas de negociações, a terem as datas agendadas nos próximos dias", relata Acácio dos Santos, diretor do Sindicato de Londrina e representante da Fetec-CUT/PR na COE Santander.

Na negociação, os dirigentes sindicais também denunciaram a existência de um controle do banco para a caracterização do funcionário como inapto. Foi entregue ao banco um formulário de "prontuário clínico", da empresa Micelli Soluções em Saúde Empresarial, contratada pelo Santander para fazer exames como os periódicos e os de retorno ao trabalho.

No prontuário há um espaço onde consta o "fluxo para inaptidão", no qual o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador para conclusão". Trata-se de um procedimento descabido, pois não se justifica consultar o médico do banco para decidir se o bancário está inapto. “Cobramos uma posição do banco a respeito dessa prática, pois entendemos que é inaceitável esse tipo de diagnóstico, que fere a ética médica”, critica o diretor do Sindicato de Londrina.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR