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Assembleia com mais de 20 mil professores decide manter a greve

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04 de março 2015

Em Assembleia realizada na quarta-feira (4/03), no Estádio Durival Britto e Silva, em Curitiba, mais de 20 mil professores e servidores da Educação no Paraná deliberaram pela manutenção da greve iniciada no dia 9 de fevereiro contra o “pacote de maldades” enviado pelo governador Beto Richa (PSDB) à Assembleia Legislativa. Com esta decisão, as cerca de 2.100 escolas estaduais permanecerão fechadas, retardando o início do ano letivo de 2015.

Apesar do governador ter recuado, em função da pressão feita pelos grevistas, e retirado os projetos de lei que rebaixavam direitos dos servidores, a APP avaliou como insuficientes as respostas dadas pelo governo do Estado aos itens da pauta de reivindicações e, com base em relatos feitos pelos diretores das escolas, pela falta condições para iniciar as aulas neste momento.

Outra questão que está pesando na continuidade da greve dos professores e servidores da Educação é o risco do governador Beto Richa enviar novo projeto à Assembleia Legislativa solicitando autorização para utilizar os R$ 8 bilhões que estão no caixa da ParanaPrevidência.

Versão do governador

O governo do Paraná divulgou Nota Oficial nesta quarta-feira em seu site afirmando que “atendeu toda a pauta de reivindicações apresentada pela APP durante as negociações” e que tem feito grande esforço para regularizar pendências com os servidores e garantir benefícios.

Clique aqui para ler a Nota do governo do Paraná.

A respeito da previdência complementar, a Nota do governador Richa garante que o fundo permanecerá da forma com está, mas admite que quer negociar com os servidores e outros órgãos propostas para esta questão. Os recursos da entidade, segundo ele, “serão utilizados exclusivamente para o pagamento de aposentadorias e pensões”.

Além dos professores e do pessoal da Educação, as demais categorias do serviço público do Paraná também decidiram manter a greve até que o governador aceite negociar diretamente com suas entidades as pautas de reivindicações específicas, bem como o futuro da previdência complementar.

Fonte: APP Sindicato