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Consulta Pública do Senado registra grande rejeição à reforma trabalhista

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04 de maio 2017

A proposta de reforma trabalhista aprovada na Câmara dos deputados no dia 26 de abril começou a tramitar na terça-feira (2/05) no Senado, sob o número 38/2017.

Com o objetivo de democratizar a discussão da matéria, o Senado abriu uma Consulta Pública, por meio do e-cidadania, para que os brasileiros e brasileiras opinem sobre o projeto e assim possam influenciar o posicionamento dos senadores.

Até o início desta quinta-feira (5), os números revelavam ampla rejeição, com mais de 73 mil pessoas contrárias a essa reforma. Pouco mais de 2,8 mil se posicionaram favoráveis.

Essa reforma foi apresentada pelo governo Michel Temer (PMDB) sob alegação de necessidade de "modernização" das leis trabalhistas e propõe a alteração de diversos artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

O texto do PLC 38 foi lido no plenário do Senado no dia 2/05 e foi alvo de inúmeras críticas.

O governo quer que a tramitação seja acelerada, mas já encontrou oposição, inclusive de senadores de sua base aliada, que defendem o debate da matéria na CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa) e na CCJ (Constituição, Justiça e Cidadania).

A proposta inicial prevê a discussão apenas nas comissões de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais.

“Estamos falando de aumento na jornada de trabalho para 12 horas diárias. Estamos voltando para a escravidão. Essa reforma também mexe nas regras dos contratos de trabalho, que serão precarizados”, afirmou a vice-presidente da CUT, Carmen Foro.

Para Vagner Freitas, presidente da Central, essa reforma é um verdadeiro massacre à atual legislação trabalhista.

“As pessoas precisam saber quais são os interesses que motivaram cada voto”, avalia Vagner, orientando os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros a acessar o e-cidadania e a pressionar os senadores de seus Estados a rejeitar essa proposta de retrocesso nos direitos da Classe Trabalhadora.

Fonte: Rede Brasil Atual