Com garra, categoria fecha 13.104 agências no 29º dia de greve

04 de outubro 2016
Na véspera de igualar o recorde de paralisação nos últimos anos, a categoria manteve suspensas as atividades de 13.104 agências e 44 Centros Administrativos no país nesta terça-feira (4/10), mostrando aos banqueiros que o arrocho salarial não será aceito.
“A mobilização está forte e amanhã chegaremos ao 30º dia de greve, igualando a marca de 2004, que foi a maior duração de paralisações ocorridas no país nos últimos anos, que é a nossa estratégia para mudar os rumos das negociações”, declara Wanderley Crivellari, diretor do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária junto à direção da Fetec-CUT/PR.
A greve com maior duração na história ocorreu em 1951, quando a categoria permaneceu de braços cruzados por 69 dias. Naquele ano, bancários e bancárias de São Paulo não aceitaram a “gorjeta” dos banqueiros e prosseguiram em greve, após bancários dos outros Estados terem aceitado a proposta oferecida pelos bancos.
“Hoje, temos uma unidade entre bancos públicos e privados e uma Campanha organizada com a participação das entidades de todo o país, numa unidade que fortaleceu nossas lutas e é responsável pelas inúmeras conquistas obtidas nos últimos anos”, afirma Wanderley.
Para ele, esta estratégia deve ser mantida, porque não se pode admitir que o setor da sociedade brasileira que vive batendo recordes de lucratividade seguidamente não pode usar a crise, que passar longe do setor, como desculpa para negar a reposição da inflação e melhorias nas condições de trabalho dos bancários.
Por Armando Duarte Jr.