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Trabalhadoras em Luta por Igualdade, Liberdade e Autonomia

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05 de março 2015

Este ano comemoramos 40 anos da I Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada na Cidade do México pela ONU (Organização das Nações Unidas). Evento de extrema importância para o debate sobre os direitos da Mulher, além de eleger o ano de 1975 como ano Internacional da Mulher e o período de 1975-1985 como “Década da Mulher”.

 A Conferência foi um marco, reconheceu o direito da mulher à integridade física, à autonomia de decisão sobre o próprio corpo e ao direito à maternidade opcional. Temas que as mulheres lutam ainda hoje.  

Outro momento importante para a luta das mulheres foi a VI Conferência Mundial sobre as Mulheres, realizada em 1995 na cidade de Pequim. Esta Conferência aprovou a Plataforma de ação de Pequim, que elenca 12 itens prioritários para o avanço da igualdade e do empoderamento das mulheres em todo o mundo.  Depois de 20 anos é importante fazermos um balanço sobre a Plataforma de Pequim e os eixos prioritários: Mulheres e pobreza; Educação e Capacitação de Mulheres; Mulheres e Saúde; Violência contra as Mulheres; Mulheres e Conflitos Armados; Mulheres e Economia; Mulheres no Poder e na liderança; Mecanismos institucionais para o Avanço das Mulheres; Direitos Humanos das Mulheres; Mulheres e mídia; Mulheres e Meio Ambiente e Direito das Meninas.

Estes eixos compõem a base para a formatação das políticas públicas para as mulheres, inspirando várias campanhas e reivindicações em todo o mundo.  Além disso a criação da Marcha Mundial de Mulheres em 2000, articulou os movimentos sociais, sindicais e populares de mulheres, tendo como mote principal: “seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!” -  contra o machismo e a opressão de gênero, pela autonomia das mulheres .

A CUT é protagonista de vários movimentos históricos pelos direitos das mulheres no Brasil, participando também das articulações internacionais. São quase 30 anos de política de gênero dentro da Central. Neste período avançamos muito em relação a direitos e participação das mulheres nos espaços de decisão, mas ainda há várias pautas a serem conquistadas. Além das demandas históricas de luta pelos direitos das mulheres e meninas, nós, mulheres do movimento sindical cutista, temos um desafio em 2015, que é a implantação da politica de equidade na composição da Central - a paridade de gênero.

 É importante frisar que este tema é resolução de congresso e o cumprimento é de responsabilidade de homens e mulheres. Além disso, a conjuntura atual é de disputas acirradas, temos um Congresso Nacional conservador e elitista. Não podemos deixar que o projeto perdedor dê a linha nos rumos da política de Estado. Dessa forma, é fundamental colocarmos força na campanha pela Constituinte Exclusiva e Soberana da Reforma Politica - Plebiscito Oficial da Reforma.  E também na Marcha em Defesa da Petrobrás e do Brasil, marcada para o dia 13 de março em todas as capitais.

O março de 2015 também vai ficar na história do nosso Estado por conta da luta de milhares de mulheres trabalhadoras que saíram as ruas em defesa de seus direitos, as trabalhadoras da educação.  Profissionais da educação que atuam na base da APP Sindicato somam cerca de 120 mil trabalhadores e as mulheres representam aproximadamente 90% da categoria.  Junto com outros servidores estão fazendo uma luta bonita e justa contra o “pacotaço” do governo Beto Richa.

Neste 8 de março uma homenagem especial a todas as educadoras, principalmente as que estão em luta por dignidade, contra a retirada de direitos históricos duramente conquistados.  Por mais direitos e nenhum a menos, todas à luta!