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Fim da violência contra a mulher é a bandeira principal do 8 de março

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05 de março 2022

O fim da violência contra a mulher será a bandeira principal das manifestações programadas para o 8 de março – Dia Internacional da Mulher – deste ano. Pauta prioritária dos movimentos feministas, que envolve tanto a questão de gênero como a de violência doméstica, foi escolhida para as atividades, que voltam a ser realizadas presencialmente nas ruas de várias cidades, depois de dois anos de pandemia.

O protesto em Londrina ocorrerá a partir das 17h30, no Calçadão, com uma concentração das manifestantes, que sairão em caminhada pelas ruas centrais da cidade divulgando as bandeiras de luta. As atividades em Apucarana começarão às 8h, com uma Feira Empreendedora e atrações culturais na Praça Rui Barbosa, com encerramento às 18h quando haverá a Marcha das Mulheres.

Pesquisa de opinião realizada pelo Instituto DataSenado, em parceria com Observatório da Violência Contra a Mulher, no final de 2021, mostrou que 86% das mulheres brasileiras perceberam um aumento da violência contra elas. O número de casos é 4% maior do que em 2020. Ainda de acordo com a pesquisa, que ouviu três mil pessoas, entre 14 de outubro e 5 de novembro, cerca de 68% das pessoas entrevistadas conhecem alguma vítima e 27% declararam já ter sofrido este tipo de violência.

Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), afirma que a pesquisa é uma, entre as muitas realizadas desde o início da pandemia, que comprovam o aumento da violência como efeito do isolamento social e da crise sanitária. “É histórico, sempre a mulher é a primeira e a que mais sofre. Seja em crises econômicas, sociais ou sanitárias, as mulheres são vítimas de violência de gênero e de violência doméstica”.

Elaine lembra que, antes mesmo do surgimento do coronavírus, as mulheres já vinham sofrendo com muito retrocesso. “Começou lá trás, com o golpe da presidenta Dilma, depois com a reforma trabalhista, e intensificou-se terrivelmente com este governo. Um governo sem compromisso com as mulheres, que fez cortes nas políticas para as mulheres e, ainda por cima, mostra claramente nos seus discursos o quanto é machista e misógino”, lamenta. “É por isso que as mulheres estarão tão fortemente nas ruas no 8 de março, porque este governo representa toda a miséria, carestia e retrocessos sociais que impactaram a Classe Trabalhadora nos últimos anos, e mais fortemente as mulheres”.

Podcast: Movimentos de mulheres se preparam para tomar as ruas no dia 8 de março

Assista ao ContrafCast desta semana, no qual a secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Elaine Cutis, fala sobre a mobilização das mulheres para o 8 de março, que este ano volta a ser nas ruas. A Contraf-CUT participará das manifestações que têm como lema “Pela vida das mulheres, Bolsonaro nunca mais! Por um Brasil sem machismo, racismo e fome!”

Fonte: Contraf-CUT