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Parada da Diversidade luta contra a discriminação

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05 de dezembro 2013

*Por Jair Sambudio

Este ano, o tema da Parada da Diversidade, foi "Liberdade e Cidadania, defenda a Democracia", realizada no dia 1º de dezembro, data que se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a HIV/AIDS: combate a discriminação. Em Curitiba, a Parada teve inicio na Praça do Homem Nu e seguiu até o Palácio Iguaçu, sede do Governo do Paraná, onde acorreram shows, debates, protestos e saudáveis manifestações de milhares de pessoas unidas pelos direitos da diversidade humana.

Os protestos foram contra a discriminação no trabalho e na sociedade, em especial a favor do PLC (Projeto de Lei da Câmara) 122/2008, que torna a homofobia em crime. Este Projeto tem sido barrado pela bancada evangélica, em especial a Comissão Nacional de Direitos Humanos, coordenada pelo pastor e deputado Marcos Feliciano, que tem a intenção de propagar o ódio e violência homofóbica fundamentalista contra os direitos adquiridos pelo cidadão e cidadã LGBT.

Propagando também o racismo e a exclusão dos direitos das minorias, que são a maioria, de avançarem no processo da Democracia, Liberdade e Cidadania, conforme determina a nossa primeira Constituição, que honra a construção de uma Nação onde prevalece o Estado laico, determinando qualquer tipo de preconceito e  discriminação por gênero, raça,etnia, sexo, religião, cultura, idade, cor e condições sociais.

O principal objetivo desta Comissão  é estabelecer e propagar no Brasil o preconceito, a discriminação  e o ódio religioso e sexista, determinando a perseguição daqueles que  não forem comprometidos com suas crenças, ideias arcaicas e medievais no comportamento e na construção apenas da família para reprodução. 

Se for afetiva e  parental, como determina o Código Civil,  deve ser punido, tanto nos direitos adquiridos., ou seja, a diversidade humana não é aceitável por que determinam como deve agir, sentir e ser o cidadão e cidadã brasileira.

Propagando e disseminando o ódio religioso fundamentalista, a intolerância acaba fortalecendo mais violência e ódio social e institucional, impedindo que milhões de brasileiros e brasileiras, exercem a plena cidadania.

A constante busca da dignidade da pessoa humana é a palavra chave de nossa Constituição, por que todos e todas têm o direito da busca da felicidade, construindo no afeto pessoal, familiar, no trabalho e na sociedade a maior arma contra o julgamento feroz dos machistas de plantão e eleitos, a maioria, pela diversidade que acreditavam que estavam com boas intenções, e o tempo e atitudes políticas têm mostrado o contrário.

A Parada da Diversidade de Curitiba e várias outras realizadas no Brasil distribuíram milhares de camisinhas com o objetivo de prevenir a AIDS/HIV, que vem aumentando entre jovens, mulheres e até idosos após o surgimento do remédio "Viagra".

Os manifestos e a contagiante alegria da Parada da Diversidade mostraram que o ódio, a homofobia, o machismo,  o sexismo enraizado na sociedade e fortalecido pela mídia começa no individuo, estende-se em seus lares, nos filhos, netos e bisnetos, por que as diferenças se fazem no nascer. Então, por que achar que só na família dos outros isso acontece e nas suas.

Como representante dos trabalhadores e trabalhadoras bancários de Londrina e da Fetec-CUT/PR, através da Comissão de Gênero, Raça, Orientação sexual e Identidade de Gênero e Pessoas com Deficiência, na Parada da Diversidade mostramos que, unidos, trabalhadores, sociedade civil, Sindicatos, Federação e a CUT, conseguiremos lutar pela transformação social.

No  combate à homofobia e às injustiças sociais impediremos os avanços do fundamentalismo religioso, disfarçado com políticos que deveriam combater as injustiças. Mostramos novamente nas ruas que o foco deles é defender apenas interesses individuais e de grupos religiosos ou partidos, mas as ditas minorias sabem bem, que unindo forças vamos conseguir diminuir os votos desses futuros candidatos, aumentar a visibilidade da luta pela dignidade e a desmascarar os falsos defensores da fé.

Jair Sambudio é diretor do Sindicato de Londrina e representante da Fetec-CUT/PR na CGROS (Comissão de Gênero, Raça, Orientação sexual e Identidade de Gênero e Pessoas com Deficiência).