O Sindicato de Londrina esteve reunido nesta quinta-feira (6/04) com o vereador Guilherme Belinati (PP), que é autor de um projeto de lei que estabelece punições às agências bancárias do município de Londrina que recusarem a fazer atendimento presencial a seus clientes, utilizando a justificativa de haver atendimento eletrônico.

Pela matéria, que está entrando em tramitação na Câmara de vereadores, os bancos que descumprirem essa determinação estarão sujeitos às seguintes sanções: advertência, multa, suspensão e cassação do Alvará de funcionamento.

Por se tratar de uma luta histórica da categoria bancária, o Sindicato manifestou-se favorável à aprovação do referido projeto.

“Sempre defendemos o atendimento presencial nas agências bancárias, pois é feito por profissionais da área e com mais segurança. É inaceitável que se impeça o acesso de clientes e usuários às agências, empurrando-os para correspondentes, lotéricas ou internet”, avalia Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.

Além disso, destaca Regiane, essa prática dos bancos afeta diretamente o nível de emprego da categoria, que vem caindo ano a ano.

Vale ressaltar que o Banco Central, através da sua Resolução nº 3.694/2009, artigo 3º já dispõe: “É vedado às instituições referidas no art. 1º recusar ou dificultar, aos clientes e usuários de seus produtos e serviços, o acesso aos canais de atendimento convencionais, inclusive guichês de caixa, mesmo na hipótese de oferecer atendimento alternativo ou eletrônico.”

Ou seja, a opção pela utilização de serviços convencionais ou através de meios alternativos tem que ser feita do exclusivamente pelo cliente ou usuário e não pelos bancos.

Na Minuta de Reivindicações da categoria existem vários artigos tratando do funcionamento das agências, um deles é o Artigo 58. Veja o que ele estabelece:

“ARTIGO 58 - FUNCIONAMENTO DAS AGÊNCIAS

Os bancos deverão instituir medidas que visem aumentar o número de empregados, adequando o seu quadro funcional à praça e ao porte das agências para que não ocorra sobrecarga de trabalho e o tempo de espera no atendimento dos clientes e usuários seja de no máximo 15 minutos.”

“Este projeto de lei seguirá seu trâmite na Câmara de vereadores e o Sindicato estará acompanhando, por se tratar de um assunto importante para a categoria, bem como para toda a sociedade londrinense”, finaliza Regiane.