Defesa do SUS e aplausos aos trabalhadores marcarão o Dia Mundial da Saúde

06 de abril 2020
Neste dia 7 de abril - Dia Mundial da Saúde, a CUT e seus Sindicatos evidenciam os cuidados com a vida e a segurança dos profissionais nos serviços essenciais diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Em São Paulo, Sindicatos que atuam na área da saúde lançaram um manifesto em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras dos serviços essenciais. “Os passos tomados por cada País e seus governantes, seus acertos e seus erros, selarão o destino da sua população”, afirma o documento.
Clique aqui para ler o manifesto.
Os trabalhadores que atuam diretamente com pacientes infectados correm risco à saúde pela falta de EPIs (Equipamentos Individuais de Saúde) e de estrutura adequada neste momento. Já há casos confirmados de óbitos de profissionais da saúde.
"Essa pandemia nos mostra o quanto o investimento na seguridade social, portanto, em Previdência, assistência e, principalmente na saúde por meio do SUS (Serviço Único de Saúde), é fundamental no desenvolvimento do País. Hoje muitas pessoas acometidas pela Covid-19 estão se mantendo vivas graças à atuação de trabalhadores e trabalhadoras da saúde que atuam no cuidado direto a população que foi acometida pelo coronavírus" afirma o secretário de Saúde do Trabalhador da CUT São Paulo, José Freire.
Frente a isso, a CUT lançará neste dia 7 de abril a campanha “Defender o SUS é Defender a Vida” e convida toda a população a se somar aos aplausos nas janelas de cada residência, às 20h30, como forma de homenagear os trabalhadores da saúde que zelam pela vida do País.
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) revelam que no mundo foram confirmados 1.289.380 casos de Covid-19 e 70.590 mortes. No Brasil há 11.298 casos e 489 mortes. Os dados foram atualizados até a tarde de segunda-feira (6/04).
Ao contrário dos pronunciamentos do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que esta pandemia seria apenas uma “gripezinha”, o Ministério da Saúde do país declarou que há transmissão comunitária da Covid-19 em todo o território brasileiro.
Segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado na manhã do dia 6, foram confirmadas 275 mortes pelo novo coronavírus no Estado de São Paulo, com 4.620 casos notificados.
De acordo com o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, a Central tem acompanhando as principais crises advindas deste momento para exigir dos governos e dos empregadores do sistema privado a garantia de proteção e segurança no desempenho de suas funções.
“Houve uma reunião por videoconferência entre as Centrais Sindicais e o governo de São Paulo nos últimos dias e falamos sobre as demandas dos Sindicatos em relação à defasagem de servidores, a falta de diálogo com a categoria e a urgência no fornecimento dos EPIs”, relatou o dirigente.
Por Vanessa Ramos/CUT São Paulo