As diversas ameaças aos direitos sociais e trabalhistas feitas pelo governo de Michel Temer (PMDB) e seus aliados no Congresso Nacional e no Poder Judiciário são apontadas na matéria de Capa do Vida Bancária desta semana, como forma de alerta bancários e bancárias, bem como o conjunto da Classe Trabalhadora a se rebelar contra o retrocesso.

O jornal destaca a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 55, antiga 241, aprovada na Câmara dos Deputados, e que está prestes a receber o aval dos senadores, impondo aos brasileiros e brasileiras 20 anos de congelamento nos investimentos públicos.

Outra ameaça apontada pelo Vida é a votação do PLC (Projeto de Lei da Câmara) 30/2015, que regulamenta a terceirização no Brasil. Essa matéria foi aprovada pelos deputados no ano passado com a liberação de contratação de serviços terceirizados até mesmo para as atividades-fim das empresas.

Regiane Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina, lembra que além desses projetos, tramitam no Congresso Nacional diversas outras matérias que tem como objetivo retirar direitos previstos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e até mesmo na Constituição Federal. 

“Neste momento é preciso fortalecer os movimentos social e sindical comprometidos com a Classe Trabalhadora para impedir todos esses retrocessos”, avalia Regiane, orientando a categoria a enviar mensagens aos parlamentares através das Redes Sociais para impedir que tudo isso seja aprovado.

Nas páginas internas tem imagens e informações a respeito das atividades do Dia Nacional de Luta dos funcionários do Banco do Brasil contra o desmonte, realizadas na última terça-feira (29/11) pelos Sindicatos de Apucarana, Cornélio Procópio e de Londrina. Ainda sobre este assunto, o Vida relata a postura do BB na reunião com a Comissão de Empresa para tratar dos problemas decorrentes da reestruturação.

Mesmo com os lucros na estratosfera, os bancos insistem em reduzir seus quadros para ganhar mais, como mostra matéria com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, revelando que entre janeiro e outubro deste ano foram cortadas 10.009 vagas de emprego na categoria.

Na pág. 2 tem também nota a respeito da retomada de debates da Mesa Temática de Igualdade de Oportunidades com a Fenaban. Representantes dos bancários e bancárias fizeram um resumo das reivindicações apresentadas nos últimos anos e insistiram em avanços dos bancos para diminuir a desigualdade entre brancos e negros no setor financeiro.

A CGROS cobrou medidas dos bancos para diminuir a desigualdade entre brancos e negros no setor financeiro

Outro assunto importante desta edição é a negociação permanente com o Itaú. Nos dias 30/11 e 1º/12, a COE (Comissão de Organização dos Empregados) participou de reuniões com o banco. Na primeira foi discutido o tema “emprego”, sobre o qual foi solicitado o fim da rotatividade no banco. No debate travado no âmbito do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde, os dirigentes sindicais cobraram soluções para os problemas constatados no Departamento de Saúde Ocupacional e mudanças na forma como se dá o retorno dos funcionários afastados.

Insegurança

O Vida 1.420 traz na pág. 4 um relato a respeito da onda de ataques a banco registrada na semana passada na Região. Foram dois contra agências da Caixa Econômica Federal, em Sertanópolis e em Wenceslau Braz, e os demais ocorridos no Bradesco e Sicredi de Santa Amélia.

Para Elizeu Marcos Galvão, presidente do Sindicato de Cornélio Procópio, faltam mais investimentos dos bancos em segurança e uma atenção maior do governo do Estado.

"O governo do Paraná também tem sua parcela de culpa nisso, porque o número de policiais no interior é muito pequeno para enfrentar os bandidos e com isso acabam ficando acuados, como tem ocorrido nos últimos tempos”, argumenta Elizeu.

A Coluna “Saúde Bancária” desta edição aborda as demandas levantadas pelos representantes da categoria nas reuniões para discutir melhorias no Instrumento de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho (assédio moral) e da Mesa Bipartite que discute a forma como se dá o retorno ao trabalho dos bancários e bancárias afastados.

Leia estas matérias e muito mais na edição nº 1.420 do jornal Vida Bancária.

Por Armando Duarte Jr.