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Sociedade de Londrina cobra debate sobre futuro do IAPAR

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07 de janeiro 2019

O anúncio feito pelo governador Ratinho Junior (PSD) após sua posse, no dia 1º de janeiro, de extinguir o Iapar (Instituto Agronómico do Paraná), está causando insatisfação e mobiliza entidades de Londrina em defesa do órgão criado em 1972 e que desenvolve pesquisas de inovações tecnológicas voltadas para o setor rural e a agricultura paranaense.

O objetivo, segundo declarou o novo secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, é reduzir a máquina pública e melhorar a eficiência, promessa de campanha do governador.

Para isso, Ratinho Junior pretende unificar as empresas de assistência técnica e pesquisa agrícola vinculadas à pasta da Agricultura, como o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia, a Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná), o Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) e o próprio Iapar.

Embora o secretário tenha declarado na imprensa que “esse processo não é definitivo e que vai ouvir a comunidade científica antes de bater o martelo”, a diretoria do Iapar foi destituída na última quinta-feira (4/01).

Na tentativa de impedir esse desmonte e garantir a manutenção dos empregos de mais de 700 trabalhadores e trabalhadoras que atuam no órgão em diversas cidades do Estado, pesquisadores, funcionários e entidades de Londrina cobram debate com o governador Ratinho Junior.

Histórico

A fundação do Iapar, em 29 de junho de 1972, foi fruto da mobilização de personalidades e entidades de Londrina e Região, incluindo Celso Garcia Cid, João Milanez, a Sociedade Rural do Paraná, associações de agrônomos e representantes de outros setores.

O órgão tem sede em Londrina, é responsável por estações agrometeorológicas, presta serviços aos agricultores paranaenses e desenvolve inúmeras pesquisas que levaram ao desenvolvimento do setor agrícola em todo o Estado, trazendo inovações tecnológicas que conciliaram a produção com preservação do meio ambiente e a oferta de alimentos saudáveis para a população.

Fonte: Folha de Londrina