Dirigentes do Sindicato de Londrina participaram nesta quarta-feira (7/05) de um ato realizado no Fórum Trabalhista do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), organizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a AATPR (Associação da Advocacia Trabalhista do Paraná).

A manifestação ocorreu simultaneamente em diversas cidades do país e decorre da suspensão de processos trabalhistas, por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, com repercussão geral sobre os casos de “pejotização”.

O secretário-geral do Sindicato de Londrina, Dirceu Quinelato, falou durante o ato sobre o retrocesso nas relações de trabalho com as contratações feitas no sistema de “pejotização”. “O Sindicato dos Bancários de Londrina se une aos magistrados e advogados trabalhistas nesta luta por entender que esse tipo de contratação acarreta no fim dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, que são obrigados a prestar serviços como se fossem PJ (Pessoa Jurídica)”, criticou.

Dirceu lembra que a “pejotização” passou a ser considerada legal após a aprovação da reforma trabalhista feita durante o governo Temer, em 2017. “Não bastasse a redução de direitos previstos na CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], com a reforma de Temer, a ‘pejotização’ poderá levar ao fim a Justiça do Trabalho. Com o aumento de contratações por essa modalidade e a tentativa do ministro Gilmar Mendes de validar essa precarização nas relações de trabalho, as ações entre empresas e seus contratados PJs pode passar a ser julgadas pela Justiça Civil, deixando de lado a questão humana do trabalho”, aponta.


O diretor do Sindicato de Londrina, Dirceu Quinelato, falou durante do ato

Dirigentes do Sindicato de  Londrina presentes na manifestação em defesa da Justiça do Trabalho

Por Armando Duarte Jr.