Defesa do emprego e dos direitos são prioridades da categoria em 2017

07 de junho 2017
“Nenhum direito a menos. Lutar defender e garantir”, com este lema começou, na noite de ontem (6/06), em São Paulo, o Encontro Nacional de Funcionários dos Bancos Privados de 2017, que será encerrado na quinta-feira (8).
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, afirmou que as questões específicas dos bancos privados serão debatidas, mas com um aditivo. “Vamos fazer um debate das perspectivas da conjuntura que estamos vivendo, que talvez seja um dos mais cruéis da história, ao lado da ditadura militar. Esse é o momento de uma crise mais concreta, uma crise ética, uma crise política, uma crise econômica. O Brasil caminha para um conflito, pois vivemos tempos de ódios, semeados pelos grandes grupos de mídia. E nós estamos aqui para fazer um debate sobre toda essa crise e sobre nossas especificidades.”
Roberto lembrou que o País está vivendo em tempos de guerra, que ficou claro quando houve a convocação do exército para combater manifestações democráticas de trabalhadores.
“O que esse golpe trouxe para gente, não foi só o Temer, que foi eleito por um plano de governo diferente do qual está implementando. Trouxe retiradas de diretos da Classe Trabalhadora e o fim da Previdência Social. O que fica claro também é a mão da Febraban neste golpe, ao lado do empresariado. Deram esse golpe para aumentar seus lucros, retirar direitos e acabar com a organização dos trabalhadores”, disse o presidente da Contraf-CUT, salientando que apesar de tudo isso “há uma grande beleza que nós estamos vendo neste momento. É que as mulheres e a juventude tomaram a frente nessa luta e isso nos deixa claro que há esperança sim”.
Antes de encerrar sua fala, Roberto ainda afirmou que “uma coisa tem de ficar claro para cada um que está aqui hoje. Só tem uma saída, é politizar o debate e mostrar que esse Congresso é composto por bandidos. Fora Temer não basta, é Diretas Já para sairmos daqui melhor do que chegamos”.
Exemplo de organização
Rita Berlofa, presidenta da UNI Finanças, que também está presente no Encontro, acredita que os representantes dos trabalhadores do setor de finanças do Brasil fazem a diferença. “Somos referência como Sindicato dos Bancários no mundo todo. Assumi este cargo devido a todas as conquistas da categoria.”
O Encontro dos Bancos Privados reúne dirigentes sindicais do Itaú, Bradesco, Santander, Banco Mercantil e Bic Banco e continua nesta quarta-feira (7/06), na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, com uma apresentação pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) de uma análise técnica sobre as reformas trabalhista e da Previdência e um panorama do uso de tecnologias pelos bancos. Na sequencia, o Comando Nacional dos Bancários apresentará as estratégias da Campanha Nacional de 2017 e das ações sindicais nesta conjuntura de ataques aos direitos dos trabalhadores.
No período da tarde de hoje e amanhã o evento segue com debates em separado por bancos. Cada corporação terá uma dinâmica específica e será realizado em um local diferente.
Fonte: Contraf-CUT