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Caixa recusa-se a criar comitê paritário para avaliar PSIC

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07 de julho 2015

Mesmo com as várias denúncias sobre problemas na aplicação das provas para formação de banco de habilitados, em andamento desde abril deste ano, a Caixa Econômica Federal voltou a negar a ocorrência de falhas no PSIC (Processo de Seleção Interna por Competência). A resposta foi dada na semana passada, após os questionamentos feitos pela Contraf/CUT e a CEE (Comissão Executiva dos Empregados), em ofício encaminhado em 22 de junho.

O banco também se recusou a atender reivindicação das entidades representativas de criação, com a urgência que o momento requer, de um comitê paritário para acompanhar e sugerir melhorias no PSIC. Esta é uma das propostas aprovadas pelo 31º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa), realizado no mês de junho, em São Paulo.

"É lamentável que o banco mantenha a postura arrogante e intransigente de não reconhecer os problemas ocorridos. É preciso eliminar o clima de incertezas que permeia o processo", frisa Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa.

Como informado no ofício enviado à Caixa, as denúncias são de graves falhas no processo. Entre elas, as de questões erradas e mal redigidas, dificuldades na visualização dos testes, conteúdo diferente do solicitado nos editais, falta de transparência e não permissão de recursos e de acesso aos resultados individuais. "A empresa se coloca à disposição para dialogar. Mas a melhor forma seria mesmo com um comitê com representantes do banco e dos trabalhadores, com toda a transparência", diz Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae.

Para Fabiana Matheus, a mobilização para melhorar sempre mais o PSIC dá-se em compasso com o movimento por condições dignas de trabalho em todos os setores da Caixa. Segundo ela, é fundamental que os problemas continuem a ser denunciados pelos empregados. "A luta para que todo o processo seja avaliado por um comitê paritário não acabou. Por isso, os prejudicados pelas falhas no PSIC não podem se calar. Vamos continuar monitorando o caso e cobrando medidas eficazes da empresa", garante. 

Fonte: Fenae