Bancos oferecem apenas o índice da inflação nos salários e demais verbas

07 de agosto 2018
Mais uma vez os bancos não atenderam às expectativas da categoria bancária ao apresentar nesta terça-feira (7/08) uma proposta à Minuta de Reivindicações que contempla somente a reposição da inflação acumulada desde setembro de 2017 nos salários, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e demais verbas.
O Comando Nacional dos Bancários está reunido agora, em São Paulo, com o objetivo de discutir os termos apresentados pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para repassar orientações às Assembleias da categoria agendadas para quarta-feira (8), quando serão definidos os rumos da Campanha Nacional 2018.
Principais reivindicações da Campanha 2018:
REAJUSTE
A categoria busca reposição total da inflação mais 5% de aumento real para salários e demais verbas, como VA e VR. A inflação projetada está em 3,88%.
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS
Diante da alta lucratividade dos bancos verificada nos últimos anos, está sendo reivindicado um novo formato de cálculo da PLR, de maneira que os trabalhadores recebam uma parcela maior do resultado que ajudam a alcançar.
14º SALÁRIO
Os bancários reivindicam o pagamento do 14º salário a todos os empregados, inclusive os afastados e os que saírem do banco no ano em que for creditado.
PISO SALARIAL
A valorização do piso salarial de ingresso é outro ponto da Minuta de Reivindicações deste ano. A categoria defende piso de R$ 3.747,10 (correspondente ao salário mínimo do Dieese).
PCS
A adoção de um PCS (Plano de Cargos e Salários) nos bancos, elaborado com a participação de Sindicatos é um importante ponto que está sendo cobrado nas negociações com a Fenaban.
SALÁRIO DO SUBSTITUTO E ISONOMIA SALARIAL
A categoria reivindica a garantia ao empregado substituto o mesmo salário do substituído, e efetivação na função caso o período seja superior a 90 dias.
PARCELAMENTO DO ADIANTAMENTO DE FÉRIAS
Outra reivindicação é que o adiantamento das férias possa ser devolvido em até 10 parcelas iguais e sucessivas, a partir do mês subsequente ao do crédito, sem acréscimo de juros ou correções.
VALES REFEIÇÃO, ALIMENTAÇÃO, 13ª CESTA
Para fazer frente à alta do custe de vida, a categoria reivindica Vales refeição, alimentação e 13ª Cesta no valor de R$ 954,00 mensais. Inclusive nos períodos de Licença-maternidade, paternidade e adoção, gozo de férias e nos afastamentos por doença de qualquer natureza ou acidente de trabalho.
AUXÍLIO CRECHE/AUXÍLIO BABÁ
Na pauta deste ano está sendo reivindicado o pagamento a título de Auxílio Creche/babá no valor de um salário mínimo mensal (atualmente em R$ 954,00) para cada filho, inclusive os adotados, dependentes com guarda provisória e enteados, até a idade de 12 anos.
AUXÍLIO EDUCACIONAL
Outro ponto da pauta da categoria é o pagamento de bolsas de estudo pelos bancos para ensino médio, graduação ou pós-graduação. Dentre os bancos que compõem a mesa, somente o Bradesco não paga.
VALE-CULTURA
Também está sendo buscada nas negociações com os bancos o retorno do Vale-cultura, direito cassado pelo governo Michel Temer (MDB).
REGULAMENTAÇÃO DA REMUNERAÇÃO TOTAL
O Comando Nacional dos Bancários quer discutir a remuneração total para que não haja redução ou substituição de contratos pelas formas de precarização previstas na lei trabalhista do pós-golpe.
IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
A categoria também está cobrando dos bancos a promoção de políticas para eliminar desigualdades e discriminações por motivos de raça, cor, gênero, idade ou orientação sexual (LGBTQ) nos locais de trabalho e promover a equidade. Também é reivindicada que novas contratações nos bancos observem essa diversidade, assim como na estrutura hierárquica e administrativa da empresa. O respeito à identidade visual dos empregados, às suas características físicas e expressão de sua personalidade é outra reivindicação dos bancários.
Fonte: Contraf-CUT