Banco volta a frustrar funcionários nas negociações do Acordo Aditivo

07 de novembro 2014
Os representantes dos funcionários do Santander saíram frustrados da rodada de negociação do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho, realizado ontem (6/11), em São Paulo.
O banco propôs a renovação do Acordo atual por mais dois anos e não trouxe nenhuma proposta nova que atenda aos anseios dos trabalhadores no que se refere à saúde e às condições de trabalho.
Em relação ao Auxílio Bolsa de Estudo, acrescentou além da primeira graduação, a pós-graduação e correção dos valores praticados, que serão definidos entre as partes. Sobre as demais cláusulas já existentes, a proposta do banco é apenas readequar a redação.
Os representantes da COE não concordaram e não viram nenhum avanço nesta proposta apresentada pelo banco e defenderam a pauta de reivindicações dos funcionários para a renovação do Aditivo:
- fim das metas abusivas;
- fim das reuniões diárias para cobrança de metas;
- fim das metas para a área operacional;
- manutenção do plano de saúde na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na ativa;
- Bolsa de Estudo com 50% para primeira graduação e os 50% restantes para pós-graduação;
- manutenção da cláusula do Santander Previ e sua resolução, com eleições democráticas e transparentes;
- Abono Ausência;
- melhorar as informações sobre o quadro de funcionários ao movimento sindical conforme é na Espanha;
- discutir as regras e cláusulas do PPRS;
- não alterar as métricas das metas no curso do período contratado para questão da remuneração variável;
- vigência de 1 ano para o Acordo Aditivo.
Na avaliação de Acácio dos Santos, diretor do Sindicato de Londrina e da Afubesp e representante da Fetec-CUT/PR, a sugestão do Santander de ampliar a vigência do Acordo Aditivo por dois anos não se justifica. “Não houve avanço que justifique um prazo maior para o Aditivo, pois existem ainda muitas pendências e reivindicações históricas não atendidas pelo banco”, argumenta Acácio.
A COE agendou para o dia 11 de novembro um dia Nacional de Lutas dos Funcionários do Santander, com a realização de atividades em todo o país para pressionar avanços nas discussões do Aditivo.
A próxima rodada de negociações ocorrerá no dia 13 de novembro, em São Paulo.