Contraf-CUT cobra fim do descomissionamento arbitrário

07 de dezembro 2016
Dirigentes da Contraf-CUT e de entidades filiadas participaram ontem (6/12), da terceira reunião do GT (Grupo de Trabalho) sobre Descomissionamento, realizada em Brasília (DF), com representantes da Caixa Econômica Federal.
Na ocasião o movimento sindical voltou a cobrar o fim imediato do descomissionamento arbitrário (conforme deliberação do 32º Conecef), deixando claro mais uma vez que a versão 33 do RH 184 é resultado do poder discricionário das chefias na retirada da função, o que vem causando profundo descontentamento entre os trabalhadores.
Este GT foi instalado em 24 de novembro e é uma das conquistas da Campanha Nacional de 2016.
Na reunião, com o propósito de embasar os debates no GT, a Contraf-CUT apresentou aos representantes do banco um documento com propostas formuladas a partir de ampla consulta feita aos trabalhadores. No preâmbulo do texto, a representação nacional dos empregados afirma que “a construção da Caixa está diretamente vinculada à entrega diária de seus empregados, que traçam sua trajetória de trabalho dentro da empresa pública, com dedicação e aperfeiçoamento contínuo”. Essa perspectiva, segundo o documento, não pode e não deve ser interrompida abruptamente por um instrumento precário, que retrata muitas vezes um momento desvinculado da história laboral do empregado.
Ainda durante a reunião, os representantes dos empregados reafirmaram a defesa da Caixa 100% pública como principal bandeira de luta e resistência na conjuntura que vigora atualmente no Brasil. É com base nesse parâmetro que o descomissionamento feito a partir do julgamento unilateral das chefias está sendo contestado. Esse procedimento, aliás, é classificado como extremamente subjetivo e não leva em conta a história do trabalhador dentro da Caixa.
A exemplo do que ocorreu nas duas reuniões anteriores, a posição da Caixa limitou-se a valorizar a forma de descomissionamento motivada pelo preenchimento do MO 21182 (modelo de formulário) pela chefia, com o que não concorda a representação dos empregados. “Volto a reiterar como absurdo o fato de uma empresa do tamanho e da relevância da Caixa deixar como prerrogativa de um indivíduo a carreira de diversos empregados”, diz Dionísio Reis, coordenador da CEE (Comissão Executiva dos Empregados).
Dionísio considera imprescindível que esse processo seja aprimorado com certa urgência, “para que não ocorra de uma fotografia, um momento do empregado, venha a prejudicar toda uma carreira construída ao longo de uma vida”. Segundo ele, “a Caixa precisa garantir que haja um processo que respeite a história das pessoas, pois essa é a maneira mais adequada para assegurar segurança e proteção para quem já muito contribuiu ao bom desempenho da empresa”.
A Caixa ficou de analisar as propostas e contribuições formuladas com base em ampla consulta aos empregados. Uma nova reunião foi agendada para o próximo dia 19, em Brasília. Caberá a esse encontro a elaboração de uma proposta final do GT, a ser posteriormente definida em mesa de negociações permanentes.
Fonte: Contraf-CUT com Fenae