Pressão mantém Caixa 100% pública

07 de dezembro 2017
Pela segunda vez, em pouco mais de um ano, os empregados e empregadas da Caixa Econômica Federal e suas entidades representativas conseguiram afastar o perigo de que o banco se transformasse em uma sociedade anônima.
Na reunião do CA (Conselho de Administração), realizada nesta quinta-feira (7/12), em Brasília, o item que propunha a transformação do banco em S/A foi excluído do texto a ser votado. Agora, a redação final do Estatuto precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores.
Para o presidente Contraf-CUT, Roberto von der Osten, a conquista é o resultado da luta dos trabalhadores e dos movimentos sindicais. “Assim que começaram os rumores de abertura de capital da Caixa, a Contraf-CUT imediatamente articulou com parceiros importantes, como: a Fenae e outras Centrais Sindicais, o Fórum de Defesa e a Frente Parlamentar para lutar pela Caixa 100% Pública. Esta não é uma luta só dos sindicalistas ou dos bancários. É uma luta do povo brasileiro”, afirma.
Na manhã desta quinta-feira, as entidades promoveram manifestações em todo o País para barrar a venda do banco público e defender empregos e direitos dos trabalhadores, destacando a sua importância.
“Empregados da Caixa e bancários do país inteiro, junto com os movimentos sociais, fizeram grandes atos no país inteiro para mostrar a importância da Caixa 100% pública para a sociedade. Defender a Caixa é defender o Brasil. A Caixa é o banco do povo”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva da Caixa, Dionísio Reis.
Na avaliação de Amaury Soares, diretor do Sindicato de Londrina, mais uma vez a organização das entidades e dos empregados foi decisiva para barrar a privatização que a privatização da Caixa fosse levada à frente.
“A campanha em defesa da Caixa 100% pública está forte e conseguiu impedir a abertura do controle acionário, mas precisamos manter esta organização para combater essa política neoliberal, como foi feito durante o governo de FHC e diante de outras ameaças sofridas nos últimos tempos colocando em risco empregos, bem como o papel desempenhado pela empresa para as camadas mais necessidades do País”, avalia Amaury.
Fonte: Contraf-CUT