Sindicato participa da discussão sobre o orçamento da UEL

07 de dezembro 2017
Sindicato participa da discussão sobre o orçamento da UEL
O Sindicato de Londrina, por meio da diretora Nagila Slaibi, que representa a entidade no CIUS (Conselho de Interação Universidade Sociedade da Universidade Estadual de Londrina) participou da reunião realizada nesta quinta-feira (7/12), para discutir o orçamento da instituição para 2018.
A reitora Berenice Quinzani Jordão apresentou dados a respeito dos repasses feitos pelo Estado nos últimos anos, ressaltando que em 2016 os recursos recebidos do governo do Paraná representaram apenas 3,7% do orçamento de custeio.
Foi debatida também a qualidade do ensino na UEL, sobre a qual foram levantadas as dificuldades das escolas publicas e particulares em prepararem seus alunos para o vestibular.
“De acordo com levantamentos feitos, nos últimos anos as questões no vestibular estão fugindo do programa das disciplinas das escolas, com um conteúdo muito diferente das provas que eram elaboradas pela Fundação Carlos Chagas, que eram mais assertivas e eficazes para avaliar os estudantes”, relata Nagila.
Também foram discutidas ações para permanência estudantil, como exemplo: as políticas de cotas, bolsas de estudos, moradia estudantil, canal do estudante, núcleo de acessibilidade e ampliação do Restaurante Universitário.
Segundo disse a reitora, o fator de maior impacto na atual gestão é a dificuldade que a Universidade vem enfrentando com o governo do Estado é a pressão para que seja implantado o sistema de gestão de pessoal Meta-4, que está controlando de forma unilateral os repasses, dificultando assim os projetos de ensino, de pesquisa e extensão e principalmente, precarizando todos os serviços que a Universidade presta para a sociedade.
Mesmo assim, a comunidade da UEL é composta por 25.569 pessoas (servidores e alunos). Já o quadro de servidores é caracterizado por muitos aposentados e pela falta de reposição de suas vagas pelo Estado, que reluta em aprovar novas contratações mesmo tendo concursos já homologados.
“Hoje a Universidade necessita que a sociedade civil, empresários, donos de escolas particulares se mobilizem para evitar que muitos serviços prestados a comunidade se encerrem. Infelizmente o Estado não vem cumprindo o seu papel de garantir o bem-estar social” avalia Nagila Slaibi.