Hoje, 8 de Março, é o Dia Internacional da Mulher. Esta data é uma referência à luta contra a violência de gênero, à discriminação no trabalho e na sociedade.

Instituído no início do século XX, o Dia Internacional da Mulher representa a continuidade desta campanha pelo respeito à mulher, que mesmo com os diversos avanços conquistados desde aquele tempo, ainda sofre com a falta de oportunidades de alcançar postos de comando nas empresas ou até mesmo no poder público, com agressões feitas pelos homens, seja física, psicológica ou moral, e diversas outras práticas perversas.

Por conta disso, dados do "Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil" revelam que, entre 2003 e 2013, o número de mulheres assassinadas cresceu 21% no Brasil. Entre as negras, o aumento chegou a 54% nos mesmos 10 anos.

Nem mesmo com a Lei Maria da Penha, aprovada em 2006, ou mesmo com a Lei do Feminicídio, que está em vigor desde o ano passado, estes números não param de crescer.

Na opinião de Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina, esta é uma dura luta que não tem prazo para acabar. “Precisamos ser fortes para mudar o triste cenário de hoje, no qual 13 mulheres são assassinadas diariamente em nosso país e outras milhares sofrem vários tipos de violência em casa ou no trabalho”, argumenta.

Neste sentido, Regiane acredita que a mensagem do Dia 8 de Março tem que ser lembrada todos os dias para que a mulher possa viver com dignidade, respeito e tenha seu papel reconhecido por uma sociedade mais justa.

“O mundo mudou e não pode haver mais espaço para conceitos ultrapassados em relação ao espaço da mulher no casamento, no trabalho ou mesmo nas esferas de poder. Todas as formas de violência de gênero precisam ser combatidas com rigor para que não tenhamos mais números exorbitantes de crimes praticados contra a mulher”, defende.

Por Armando Duarte Jr.