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Sindicato de Londrina participa de reunião do Conselho de Interação da UEL

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08 de junho 2017

Representantes de diversas entidades da sociedade civil de Londrina se reuniram na tarde desta quinta-feira (8/06), no CIUS (Conselho de Interação Universidade Sociedade), para debater o presente e o futuro da UEL (Universidade Estadual de Londrina).

A diretora do Sindicato de Londrina, Nágila Slaibi, que integra este Conselho, esteve presente nesta reunião e relata que o principal assunto discutido foi a imposição para que a UEL passe a integrar o Sistema Meta 4, como quer o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Para forçar isso, seu governo bloqueou os recursos das sete Universidades Públicas Estaduais. 

Conforme disse a reitora Berenice Quinzani Jordão, "este sistema intervém nos procedimentos da gestão universitária, contraria o principio constitucional da autonomia universitária e constitui ataque ao patrimônio material e moral do povo do Paraná".

Durante a reunião, a reitora, o vice-reitor e o prefeito da Universidade estiveram presentes e fizeram um apelo no sentido de alertar a população sobre o que realmente significa este sistema.

“Atualmente, a UEL é formada por uma comunidade de cerca de 28 mil pessoas, entre docentes, estudantes e servidores. Além disso, ela desempenha um papel social importantíssimo para Londrina e diversos outros municípios”, ressalta Nágila.

Segundo dados apresentados na reunião do CIUS, o orçamento da UEL para o exercício de 2017 prevê gastos de 763 milhões. Parte destes recursos (aproximadamente 80%) será destinada ao ensino (Bolsas, CNPQ, Capes, Cursos de Extensão, etc...) e 20% para saúde. 

"Temos que conscientizar a sociedade de que a UEL movimenta a cidade e o Estado. Gera empregos, renda e conhecimento, além de desempenhar o seu papel social através do Hospital Universitário, do Hospital de Clínicas, Hospital Veterinário, do Museu Histórico de Londrina, Escritório de Aplicação, da Rádio UEL, da TV, da agência de inovação tecnológica, entre outros serviços e programas de extensão. Enfim, com os recursos bloqueados, isto vai gerar um colapso nos atendimentos à sociedade e no ensino", aponta a diretora do Sindicato de Londrina.

Com o objetivo de pressionar a aceitação do Sistema Meta 4, o governo Beto Richa já bloqueou mais de R$ 6 milhões de recursos da UEL, comprometendo seriamente a sua gestão.

ste sistema interfere na folha de pagamento de todos os servidores e precariza o trabalho, com a prevalência do regime parcial de atuação docente, ou seja, vai passar a contratar o docente por hora/aula, deixando assim de ser atrativa a contratação de profissionais qualificados, o que vai comprometer a qualidade do ensino, que atualmente conta com mais de 1/3 de seu corpo formado por professores mestres e doutores.

"Isso vai atigir diretamente os projetos de pesquisa, de extensão, enfim, deixará a UEL sem autonomia para decidir o dia a dia das demandas da instituição", salienta Nágila Slaibi.