GT do Itaú debate Programa de Readaptação

08 de julho 2016
O Programa de Readaptação foi o principal assunto da quarta reunião do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde e Condições de Trabalho, realizada ontem (7/07), em São Paulo, entre representantes dos trabalhadores e a direção do Itaú.
O banco apresentou dados atualizados, até maio deste ano, sobre os participantes do Programa de Readaptação. A grande maioria dos trabalhadores que passou pelo Programa é do gênero feminino. Cerca de 90% dos casos são pessoas que retornam dos afastamentos pela previdência social.
Na ocasião, a COE (Comissão de Organização dos Empregados) questionou o banco a respeito de um dos itens importantes que se perderam neste Programa, os seis meses de estabilidade que não existe mais.
“Essa proteção ao emprego é importante para estimular as pessoas a terem confiança do Programa. Serve também para superar as dificuldades dos trabalhadores no momento em que precisam de todo apoio para retornar às atividades”, salienta Kelly Menegon, secretária de Saúde do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE Itaú.
Gestão do PCMSO e do departamento de Saúde ocupacional
As gestões do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e do Departamento de Saúde Ocupacional voltaram a ser abordados na reunião do GT. A reivindicação dos funcionários é que o banco crie uma alternativa ao novo sistema implementado, pois os erros acontecem não só quando os bancários apresentam seu documento de afastamento/ licença ao gestor, mas também foi detectado que pode existir um problema no sistema.
O Itaú apontou que vai resolver os casos que já estão com problemas e melhorar a comunicação, para que o gestor seja melhor informado de como funciona o sistema e o trabalhador também. O banco se comprometeu em trazer um profissional para explicar como funciona o fluxo dessas informações de afastamento. O intuito é debater e tentar encontrar os erros que estão ocorrendo.
O banco apresentou ainda a quantidade de trabalhadores afastados ou de licença, atendendo reivindicação feita pelos dirigentes sindicais na última reunião.
“Com base nestes dados vamos tentar analisar como está o adoecimento dentro do banco. Mas é preciso estratificar estas informações, apresentando a divisão por gênero, por Estado, cargo, e áreas, possibilitando assim uma ampla visão do problema”, avalia Kelly Menegon.
Outra cobrança da COE foi uma solução para a questão do Termo de Antecipação de Valores a Título de Licença Saúde/ Acidente de Trabalho. Como este documento mescla duas cláusulas da CCT, a 28 e a 62, não ficam claros os seus direitos quando se afasta.
O banco se comprometeu a apresentar uma solução até a próxima reunião, marcada para o dia 19 de julho. Neste encontro também será debatido a clausula 57 da Convenção Coletiva de Trabalho, outra demanda apontada pelos representantes dos bancários e bancárias no GT de Saúde do Itaú.
Fonte: Contraf-CUT