Vida Bancária denuncia farra dos bancos com lucros exorbitantes

08 de novembro 2017
Como informa a manchete da edição desta semana do Vida Bancária impresso, juntos, Itaú, Bradesco e Santander tiveram lucro líquido de R$ 39,9 bilhões entre janeiro e setembro de 2017.
Essa fortuna foi obtida no momento em que o País atravessa uma profunda crise e o governo Michel Temer (PMDB) esfola a Classe Trabalhadora com medidas para retirar direitos, precarizar empregos, dificultar a aposentadoria e arrochar ainda mais o salário mínimo para sobrar mais dinheiro em caixa em 2018.
O jornal denuncia que esse mar de prosperidade parece não ter fim, conforme demonstram os balanços destes três bancos referentes ao terceiro trimestre de 2017. O Itaú obteve 18,6 bilhões de lucro líquido, o Bradesco R$ 14,1 bilhões e o Santander R$ 7,2 bilhões e, mesmo assim, continuam cortando milhares de postos de trabalho para aumentar ainda mais o ganho fácil por meio da exploração de bancários e clientes.
“Esses lucros exorbitantes não deixam dúvidas de que os bancos não estão nem um pouco preocupados com a responsabilidade social que toda empresa deve ter. A cada momento eles multiplicam seus ganhos vergonhosamente à custa da exploração de bancários e clientes sem pensar nas consequências disso”, critica Regiane Portieri, presidenta do Sindicato de Londrina.
Leia mais sobre o extermínio de empregos no setor financeiro no Box superior da Capa desta edição.
Mudanças no Saúde Caixa preocupa empregados
A principal matéria das páginas centrais do Vida Bancária relata a postura da CEE (Comissão Executiva dos Empregados) diante do anúncio feito pela direção da Caixa Econômica Federal de que pretende mudar o modelo de custeio do Plano de Saúde.
Os dirigentes sindicais criticaram essa medida e reafirmaram a proposta de que seja mantido o modelo atual e reivindicaram poderes para que o Conselho de Usuários possa deliberar acerca de aumentos nas contribuições após ouvir o posicionamento da CEE a respeito.
Em um dos boxes desta matéria, o jornal lembra que o Sindicato de Londrina já disponibilizou neste site (clique aqui para ver) o relatório preparado pela assessoria jurídica da entidade com a tramitação das ações requerendo pagamento da 7ª e 8ª horas para os empregados da Caixa.
Leia também sobre a Caixa informações sobre as CCVs (Comissões de Conciliações Voluntárias) dos Sindicatos de Arapoti e de Londrina, que celebraram novos acordos para ex-empregados que se aposentaram, garantindo direitos referentes ao Auxílio-alimentação.
E o Sindicato de Cornélio Procópio realizou no dia 25/10. Mais uma atividade em defesa da manutenção da Caixa 100% pública, denunciando aos clientes e usuários as consequências do desmonte do banco para as camadas mais necessitadas da população.
Na oportunidade foram recolhidos apoios ao documento que propõe a anulação da reforma trabalhista. Para que isto se torne um Projeto de lei de Iniciativa Popular, a ser apresentado ao Congresso Nacional, é preciso que tenha 1,3 milhão de assinaturas.
Defesa dos bancos públicos
O Vida divulga ainda outra atividade que diz respeito à defesa dos bancos públicos, promovida pela diretoria do Sindicato de Apucarana no dia 1º/11 nas agências do Banco do Brasil e da Caixa, alertando os funcionários e funcionárias sobre o risco que a privatização trará a todos caso seja levado em frente esse projeto de Temer.
O diretor do Sindicato de Apucarana e economista, Antonio Pereira da Silva, falou aos bancários sobre os reflexos da reforma trabalhista nos direitos da categoria bancária.
CPI não encontra rombo na Previdência
Em nota publicada na pág. 2 desta edição, é feito um relato sobre o relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Senado que investigou as contas da Previdência Social e chegou à conclusão de que não existe rombo no caixa do sistema de seguridade do País, mais sim falta de combate às fraudes, de rigor na cobrança dos grandes devedores, cuja dívida atinge R$ 450 bilhões, e o fim do desvio de recursos pelo governo para outros setores.
Na mesma coluna, o jornal informa que o Brasil passou da 79ª colocação, em 2016, para a 90ª este ano, no ranking do Fórum Econômico Mundial que analisa a igualdade entre homens e mulheres.
Na pág. 3, o Vida detalha os resultados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que aponta o aumento da informalidade no País após a aprovação, pelo Congresso Nacional, da reforma trabalhista.
Temer corta R$ 14,00 do salário mínimo
E por falar em retrocesso, na pág. 4 o Vida Bancária informa que o governo Michel Temer (PMDB) decidiu cortar R$ 14,00 do valor do salário mínimo a vigorar em 2018 como forma de reduzir o Orçamento da União para 2018.
Parlamentares da oposição já estão empenhados em aprovar emendas para que seja mantida a Política de valorização do Salário Mínimo, que foi uma importante conquista da Classe Trabalhadora e que garantiu aumento real na remuneração de mais de 60 milhões de brasileiros entre 2003 e 2015.
Veja ainda relato a respeito da JESAF (Jornada Esportiva Estadual dos Funcionários do Banco do Brasil), realizada no último sábado (28/10), na AABB de Londrina. Estiveram presentes cerca de 250 atletas de todo o Paraná disputando as modalidades de futebol suíço, vôlei de praia, tênis de mesa, tênis de campo e sinuca.
O tema desta edição do “Espaço para a Saúde” é a campanha “Outubro Rosa”. A coluna alerta para a importância dos homens fazerem os exames preventivos do câncer de próstata, que é a segunda causa de obtidos no público masculino.
Clique aqui para ler a edição 1.460 do Vida Bancária.
Por Armando Duarte Jr.