Ato Público em defesa do Banesprev reuniu cerca de 400 banespianos na quarta-feira (8/02), em São Paulo

Dirigentes da Contraf-CUT, Associações de banespianos, Sindicatos e Federações participaram ontem (8/02), de Ato Público em frente à Torre do Santander, em São Paulo, contra as reformas estatutárias do Banesprev.

O protesto foi motivado pela proposta do Santander, que prevê, dentre outros pontos, a extinção da Assembleia dos participantes e a sétima vaga do Conselho Deliberativo, de Diretor Representante dos Empregados (Direp).

Mais de 400 bancários e bancárias participaram do Ato pela retirada dessa proposta indecente do banco.

Acácio dos Santos, diretor do Sindicato de Londrina, dirigente Regional da Afubesp no Paraná e representante da Fetec-CUT/PR na COE Santander esteve presente nesta atividade e considera um desrespeito aos bancários e bancárias as mudanças que o banco quer impor no fundo de previdência complementar.

“Sou participante deste fundo desde a sua criação e acredito que não podemos permitir mais que o banco Santander mexa num patrimônio que foi constituído há mais de 35 anos, desrespeitando o Estatuto do Banesprev  e retirando o poder deliberativo das Assembleias”, defende.

O descontentamento com essa proposta do banco, segundo Acácio, foi demonstrado na Assembleia Geral Extraordinária ocorrida no último dia 28/01, quando estiveram presentes mais de seis mil participantes, que disseram um sonoro "não"  às mudanças no fundo.

“Vamos ter que lutar unidos, banespianos da ativa e aposentados. O Sindicato de Londrina estará presente nesta luta, apoiando todas as atividades e medidas necessárias para assegurar que o plano não sofra com os desmandos do banco Santander”, garante.

No Ato Publico, os funcionário também  reivindicaram o fim das demissões no Santander. O Brasil é o país onde o grupo espanhol mais lucrou em 2016, mas o banco segue com cortes desenfreados dos postos de trabalho. Em 2016, o banco lucrou R$ 7,3 bilhões, com crescimento de 10,8% em relação a 2015. O resultado coloca as operações brasileiras na liderança global do grupo espanhol, com 21% de participação no lucro mundial do banco. Apesar disso, o banco encerrou o ano de 2016 com 47.254 empregados, uma redução de 2.770 postos de trabalho em relação a 2015. Foram fechadas 8 agências nesse período, enquanto o número de clientes cresceu em 1,9 milhão.

Troca do plano de saúde sem consultar trabalhadores

O Ato na Torre do Santander ainda chamou a atenção para a troca do plano de saúde de boa parte dos funcionários, efetuada pelo banco, sem informação prévia aos sindicatos, nem consulta aos trabalhadores, que foram pegos de surpresa. Os protestos também tomaram corpo contra o programa de aplicação de notas do banco, em relação ao trabalho desempenhado, que tem prejudicado a ascensão dentro do Santander e aumentado a pressão no ambiente de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT