Representantes do Banco do Brasil não apresentam respostas aos funcionários

09 de fevereiro 2021
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) participou, na segunda-feira (8/02), de mais uma reunião com o Banco do Brasil, mediada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) para exigir a suspensão do descomissionamento de caixas e informações sobre o novo processo de reestruturação. Mais uma vez, o banco não apresentou nenhuma informação, nem se comprometeu com a suspensão do processo.
“Estamos em um processo de negociação com a mediação do MPT. Nesta terça-feira (9) tem nova reunião. Queremos que o banco suspenda os procedimentos enquanto estivermos negociando. Mas, o banco se nega a negociar”, informou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga. “Os funcionários já aprovaram, em Assembleias realizadas em todo o Brasil, um dia de paralisação e o Estado de Greve. Essa reunião com mediação do MPT é importante para que fique claro que queremos negociar, mas o banco se negou”, destacou.
Na última quarta-feira (3), já houve uma reunião entre as partes mediada pelo MPT e na sexta-feira (5) os funcionários aprovaram, em Assembleias, com votação eletrônica pela internet, uma paralisação de 24 horas no dia 10 de fevereiro e a decretação do Estado de Greve.
“A reestruturação prevista para ter início da quarta-feira vai afetar a vida de milhares de pessoas. Mesmo assim, dois dias antes, o banco se nega a passar informações sobre o processo. Querem pegar os trabalhadores de surpresa. Como estes vão se virar, de um dia para o outro”, criticou o coordenador da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil), João Fukunaga.
Continuidade das negociações
Os representantes do banco pediram a suspensão da audiência, pois a proposta da Contraf-CUT de suspensão dos descomissionamentos de caixa, previstos para começar no dia 10/2, demanda análise pela direção do banco.
A reunião com a mediação do MPT será retomada nesta terça-feira (9) para se tentar buscar uma solução. “O banco põe empecilhos. A Contraf-CUT representa aproximadamente 95% dos bancários do País, mas o banco insiste que a negociação contemple uma confederação e três sindicatos independentes sobre os quais a Contraf-CUT não tem qualquer ingerência. Não temos como garantir que as demais representações façam parte da negociação que contemple também uma outra confederação e outros três sindicatos não filiados”, destacou Tabatinga.
Fonte: Contraf-CUT