Professores suspendem greve. Aulas começarão na quinta (12/03)
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09 de março 2015
Em Assembleia realizada na manhã de hoje (9/03), em Curitiba, professores e servidores da Educação do Paraná decidiram suspender a greve iniciada há um mês, aceitando as propostas apresentadas pelo governo do Estado. Com esta deliberação, as aulas nas 2.100 escolas públicas serão iniciadas na quinta-feira (12).
Como ainda existe um ar de desconfiança em relação ao cumprimento de tudo o que foi discutido, foi deliberada a volta ao trabalho, mas com manutenção do Estado de greve. Caso o governador Beto Richa (PSDB) não cumpra o que foi acordado com a APP Sindicato, professores e funcionários da Educação podem paralisar as atividades novamente.
A negociação com o governo resultou na retirada do “pacote de maldades” enviado à Assembleia Legislativa, manutenção do plano de carreira da categoria, redefinição dos recursos a serem repassados para o custeio das escolas e recuo no confisco de R$ 8 bilhões do fundo previdenciário.
O fim da greve foi acertado durante reunião realizada na sexta-feira (6/03), em mediação feita pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, Luiz Mateus de Lima, na qual o governo do Estado assinou Termo de Compromisso, se comprometendo a adotar 18 medidas, tendo, entre elas, a não retirada de direitos dos servidores e, em hipótese alguma, promover a extinção da ParanaPrevidência ou utilizar seus recursos para outros fins que não seja o pagamento de aposentadorias e pensões. Foi definido também o pagamento do terço de férias dos professores, funcionários da Educação e das universidades estaduais até o dia 31 de março.
Sem definição no Ensino Superior
A greve dos docentes e técnicos administrativos da sete Universidades Estaduais do Paraná ainda não tem definição quanto à continuidade ou não. O governo conseguiu liminares junto ao Tribunal de Justiça, determinando a volta ao trabalho esta semana, sob pena de multas, mas até a manhã desta segunda-feira (9/03), o Sindiprol/Aduel e a Assuel, entidades representativas dos docentes e técnicos da Universidade Estadual de Londrina, não haviam sido intimadas.
Segundo afirmou o presidente do Sindiprol/Aduel, Renato Lima Barbosa, na reunião realizada no último dia 5 de março, em Curitiba, representantes do governo do Estado, juntamente com deputados estaduais aliados ao governador Beto Richa, limitaram-se a repassar informações a respeito do pagamento do terço de férias e de contratações. Como nenhum documento garantindo esses pontos foi assinado, as entidades aguardam propostas concretas para defender o fim da greve.
“As promessas feitas até o momento não se constituem em avanços, são apenas direitos já conquistados. Rechaçamos qualquer mudança na Paranáprevidência e exigimos que os compromissos propostos sejam formalizados e concretizados pelo governador”, argumenta o presidente do Sindiprol/Aduel.
Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495/PR