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Defasagem na tabela do IR já acumula 24% no governo Bolsonaro

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09 de maio 2022

Estudo realizado pela Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) mostra que a tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) só foi reajustada em 109,63% entre 1996 e 2021, período em que a inflação oficial calculada com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) chegou a 391,88%.

Com isto, o trabalhador e a trabalhadora que ganham acima de R$ 1.903.99 têm descontado 7,5% todo mês em seu salário por conta do IRPF. Só no governo Bolsonaro a defasagem na tabela já acumula 24,49%, aponta a Unafisco.

A correção é mais uma das promessas de campanha do presidente, que até chegou a enviar, no ano passado, uma proposta neste sentido ao Congresso Nacional no âmbito da reforma tributária, só que a matéria até foi aprovada na Câmara, mas não avanço no Senado, para desespero dos contribuintes.

Se a tabela de IRPF fosse reajustada anualmente de acordo com a inflação, incluindo as deduções por dependentes, a Unafisco avalia que os contribuintes com renda de até R$ 4,4 mil passariam a integrar no grupo de isentos.

Cálculos da entidade indicam que se fosse feita a correção da tabela cerca de 23,5 milhões de brasileiros que este ano terão que pagar esse imposto estariam livres dessa “mordida do leão”. Com isso, o governo federal arrecadaria R$ 126 bilhões, ao invés dos R$ 290,5 bilhões que irá guardar em seus cofres por manter o congelamento da faixa de isenção.

Por Armando Duarte Jr. - Fonte: Fenacon