Greve aumenta no Paraná e atinge 831 agências nas bases da Fetec

09 de outubro 2013
A greve nacional da categoria entrou hoje (9/10) em seu 21º dia. No Paraná, na base da Fetec-CUT/PR, 831 agências bancárias permanecem fechadas, sendo 364 na base de Curitiba e 467 nas bases sindicais de Apucarana, Arapoti, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo, Umuarama e respectivas regiões.
Cera de 20,4 mil bancários estão de braços cruzados, sendo 14,8 mil em Curitiba e região e 5,6 mil nas demais bases da Fetec.
“Foi com unidade e a forte mobilização da greve que arrancou a retomada das negociações. Esperamos que os bancos apresentem uma proposta que contemple as expectativas dos bancários , pois, está mais que provado que os bancos podem muito bem atender as nossas reivindicações”, afirma Elias Jordão, presidente da Fetec-CUT/PR e representante do Paraná no Comando Nacional.
No Paraná, somando as demais regionais da FEEB, são 26.910 bancários que aderiram à paralisação, de um total de 31,3 mil bancários. A base da Fiel inclui os sindicatos de Cascavel, Cianorte, Foz do Iguaçu, Goioerê, Maringá, Paranaguá, Pato Branco, Ponta Grossa, Telêmaco Borba e União da Vitória.
“Os bancários demonstraram sua disposição de luta em todo o país, a expectativa dos trabalhadores, após todo esse período de greve, é que os banqueiros finalmente apresentem uma proposta e que seja proporcional ao lucro que os bancos obtém”, afirma Otávio Dias, presidente do Sindicato de Curitiba e membro do Comando Nacional dos Bancários.
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA
- Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)
- PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
- Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
- Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
- Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
- Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
- Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
- Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
Fonte: Fetec-CUT/PR