Senador critica intenção do governo Temer de abrir capital da Caixa

09 de outubro 2017
O Relatório Reservado, uma publicação digital voltada para empresários, informou nesta segunda-feira (9/10) que o governo Michel Temer (PMDB) já decidiu abrir o capital da Caixa Econômica Federal e anunciará essa medida oficialmente no final do ano, depois de consumada a privatização da Eletrobrás.
A matéria levou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) a fazer um pronunciamento em vídeo divulgado nas Redes Sociais alertando que o governo está mesmo acelerando esse processo de privatização. Segundo o senador, essa iniciativa é ilegal, porque qualquer privatização de empresa pública precisa passar pelo Senado e o Congresso rejeitou este ano o PLS 555, que tinha como finalidade transformar as empresas públicas em sociedades anônimas, como passo essencial para as privatizações.
Lindbergh disse que “membros dos ministérios da Fazenda e do Planejamento já falam abertamente em transformar a Caixa em sociedade anônima”, abrindo o capital para posterior venda.
Para o senador, é essencial que a Caixa permaneça como empresa pública. “A lógica de uma empresa privada é diferente de uma empresa pública, como a Caixa, que cuida de projetos que são fundamentais para o desenvolvimento do país, como o Minha Casa Minha Vida, o FIES e o Bolsa Família”, observa.
No vídeo, Lindbegh afirma ainda que o governo Temer já entregou a parte da Petrobras, vendeu a nova transportadora Sudeste, está querendo vender a BR Distribuidora, entregando campos do pré-sal (sem licitação) para petroleiras multinacionais, está querendo vender a Eletrobras, a Casa da Moeda, entre outras empresas públicas.
O senador considera essa iniciativa ilegal porque qualquer privatização de empresa pública precisa passar pelo Senado e o Congresso rejeitou este ano o PLS 555, que tinha como finalidade transformar as empresas públicas em sociedades anônimas, como passo essencial para as privatizações.
“Chamo a atenção de todos os empregados da Caixa Econômica Federal e todos os bancários do país que não podemos aceitar essa lógica de privatização”, conclama Lindbergh em seu pronunciamento. “Chamo a todos os brasileiros a resistirem e a defenderem a Caixa Econômica Federal como empresa pública.”
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Fonte: Sindicato de Brasília/Contraf-CUT