Seminário em Londrina faz capacitação para enfrentar a violência

09 de dezembro 2013
![]() Regiene Portieri e Kelly Menegon, diretoras do Sindicato de Londrina, participaram da atividade de capacitação pelo enfrentamento à violência contra a mulher |
Foi realizado em Londrina nos dias 5 e 6 de dezembro, no auditório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o evento Mobilização pelos Direitos da Mulher - Capacitação da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, com a participação de cerca de 200 pessoas. Esta atividade foi organizada em conjunto pelo CEVID/ TJPR, SEJU, Prefeitura de Londrina e a subseção local da OAB e faz parte da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres
As diretoras do Sindicato de Londrina Regiane Portieri e Kelly Menegon participaram do evento, que teve em sua Programação debates e palestras a respeito de diversos assuntos relacionados à mulher e aos vários tipos de violência a que ela está sujeita na sociedade.
De acordo com dados repassados pela delegada da Mulher de Londrina, Elaine Aparecida Ribeiro, entre janeiro e novembro deste ano o órgão efetuou 2.980 boletins de ocorrência de casos que envolveram mulheres. Destes, 865 resultaram na abertura de inquérito, 410 demandaram medidas protetivas e 39 pessoas tiveram prisão preventiva decretada em decorrência de violência doméstica.
Na avaliação de Regiane Portieri, o evento foi muito construtivo, pois foram levantados diversos números a respeito da violência contra a mulher e apontadas ações para que as entidades da sociedade civil, juntamente com os governos Federal, estaduais e municipais tomem medidas para erradicar esse problema.
"Vale lembrar que no Brasil, no período de 2001 a 2011, cerca de 50 mil mulheres foram mortas. Por conta do feminicídio, o país ocupa atualmente a sétima posição no ranking de 84 nações pesquisadas", relata Regiane.
Para ela, o enfrentamento à violência contra a mulher é uma prioridade, cabendo a todos utilizar a legislação que coíbe esse tipo de crime e penaliza os agressores. "A denúncia é muito importante para garantir a proteção da mulher. Isso tem que ser feito já na primeira agressão, seja verbal ou física, pois só assim será possível evitar um final trágico para a maioria dos casos", defende a secretária de Saúde do Sindicato de Londrina.
Por Armando Duarte Jr.