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Servidores deflagram greve contra “pacote de maldades” do governo Beto Richa

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10 de fevereiro 2015

Professores e servidores da rede estadual de ensino, das Universidades e da saúde estão mobilizados no Paraná contra o chamado “pacote de maldades”, conjunto de medidas enviadas pelo Beto Richa (PSDB) à AL (Assembleia Legislativa), através dos projetos de lei 001/2015 e 002/2015, com a finalidade de rebaixar e cortas direitos históricos.

Para impedir que essas propostas sejam aprovadas pelos deputados estaduais, professores e funcionários das escolas de todo o Estado deflagraram greve por tempo indeterminado ontem (9/02), adiando o início do ano letivo em mais de 2 mil escolas. O movimento também está ganhando a adesão dos professores e técnicos administrativos das IEES (Instituições Estaduais de Ensino Superior), bem como dos Hospitais Universitários.

Unidos contra o ataque aos direitos, ontem, cerca de 400 grevistas tomaram as galerias da Assembleia Legislativa para pressionar os deputados a rejeitarem os projetos enviados ao governador àquela casa, com pedido de urgência para que fossem aprovados. Acuado, Beto Richa se renuiu na noite de segunda-feira com seus líderes na AL e chegou a cogitar mudanças nos projetos de lei, mantendo da forma como estão as regras para progressão na carreira dos professores, o quinquênio e as licenças remuneradas para realização de qualificação profissional.

Mas um dos principais pontos do “pacote de maldades” do governador tucano do Paraná foi mantido e diz respeito à aposentadoria de todos os servidores estaduais. Beto Richa quer acabar com a ParanáPrevidência, podendo assim se apropriar de cerca de R$ 8 bilhões recursos que esta entidade tem em caixa para pagar benefícios. Em troca, ele propõe a criação de outro fundo de previdência complementar, que limitará em R$ 4,6 mil o valor de aposentadoria dos servidores que vierem a ser contratados.

A greve dos servidores públicos do Paraná também é motivada pelo calote dado pelo governador no pagamento do terço de férias, nos salários dos aproximadamente 29 mil professores contratados através do PSS (Processo Seletivo Simplificado) e nas rescisões daqueles que tiveram seus contratos encerrados no final de dezembro. O movimento exige ainda que o Governo do Paraná faça o repasse do fundo destinado ao custeio das escolas e que seja revisto o fechamento de cerca de 2,4 mil turmas em todo o Estado, agravando com isto a situação do ensino público.

Por Armando Duarte Jr.
Jornalista Diplomado – 2.495