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Governo negocia nova proposta de correção da tabela do Imposto de Renda

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10 de março 2015

Em uma tentativa de evitar a derrubada do veto presidencial ao projeto que trata do reajuste da tabela do Imposto de Renda, emissários do Governo conversarão hoje (10/03) com parlamentares para chegar a uma proposta alternativa. A presidenta Dilma Rousseff se reuniu ontem (9/03), em Brasília, com os líderes dos partidos da base aliada no Senado, a dois dias da apreciação de vetos presidenciais por sessão conjunta da Câmara e do Senado.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse que a proposta ainda não está fechada, e não deu detalhes sobre o texto em entrevista no Palácio do Planalto. Segundo ele, além dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o Governo também vai tentar convencer as lideranças dos partidos na Câmara sobre o assunto.

O projeto que corrige em 6,5% a tabela do Imposto de Renda da Pessoas Física foi vetado em janeiro por Dilma. Ela defende a correção de 4,5% alegando que um percentual maior que este não cabe no Orçamento. Caso os parlamentares derrubem o veto presidencial, valerá o reajuste de 6,5%.

"Ao longo do tempo várias propostas foram discutidas", explicou Vargas. O ministro disse que o Governo está aberto ao diálogo para tentar chegar a uma posição consensual, mas não quis comentar os valores que estão em negociação.

O percentual de 4,5% na tabela do IR vem sendo aplicado desde 2007, quando foi estabelecida em negociações entre o Governo Federal e as Centrais Sindicais, a política de valorização do salário mínimo, viabilizada pelas Marchas da Classe Trabalhadora.

A tabela permaneceu congelada por sete anos durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e nos dois primeiros da primeira gestão de Lula (2003 e 2004), veja mais informações no estudo feito pelo Dieese.

Por Paulo Victor Chagas - Agência Brasil