COE aponta prioridades em reunião com o Itaú

10 de junho 2016
Integrantes da COE (Comissão de Organização dos Empregados) participaram ontem (9/06), em São Paulo, da segunda reunião com o Itaú no âmbito do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde e Condições de Trabalho.
Na ocasião, foram apontadas as principais questões que afetam o dia a dia dos bancários e bancárias relacionadas ao PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e ao departamento de saúde ocupacional, além dos problemas que estes pontos vêm acarretando aos trabalhadores do banco.
“Os dirigentes presentes fizeram relatos sobre vários problemas estão ocorrendo em todas as regiões do país com relação ao PCMSO, que vão desde a entrega pelo bancário da sua documentação de afastamento/licença ao gestor, até o seu endividamento, decorrente da falta de agilidade na tramitação desse tipo de processo, o que muitas vezes ainda resultou em demissão”, denuncia Kelly Menegon, secretária de Saúde do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE Itaú.
Sobre este assunto, o banco ficou de apresentar nos próximos encontros um plano de comunicação. A reivindicação dos trabalhadores é que o banco crie uma alternativa, um canal de comunicação para o bancário, que não seja só o gestor. O banco ficou de analisar.
Adiantamento e reembolso
Outro tema abordado na reunião foi sobre o requerimento de adiantamento emergencial de salário de benefício previdenciário e autorização de reembolso. Os representantes dos trabalhadores cobraram do banco explicações sobre duas cláusulas da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) que estão sendo mescladas no documento: a cláusula 28 (complementação de auxílio-doença previdenciário e auxílio-doença acidentário) e a cláusula 62 (adiantamento emergencial de salário nos períodos transitórios especiais de afastamento por doença).
“Esse procedimento feito pelo banco está causando muita confusão e, também, o endividamento dos bancários que saem para tratamento de saúde. É preciso revê-lo com urgência”, avalia Kelly.
Os representantes do banco ficou de analisar o requerimento de adiantamento emergencial de salário de benefício previdenciário e autorização de reembolso.
Programa de Readaptação
Durante a reunião, o banco apresentou o Programa de Readaptação do Itaú. Os dirigentes sindicais destacaram os seguintes pontos para a construção de um programa de retorno ao trabalho com participação sindical:
- Eliminar os riscos e adequar ou transformar a organização do trabalho para se adequar ao trabalhador;
- É necessária equipe multidisciplinar;
- Os médicos devem comparecer ao local de trabalho dos bancários para ter conhecimento do trabalho real;
- Autonomia do médico do trabalho em relação a instituição e seus gestores para atuar em prol da saúde do trabalhador (a);
- O programa de retorno deve acatar a recomendação do médico assistente do (a) trabalhador (a) independente dos programas organizacionais de recompensa do banco;
- O banco deve construir um amplo programa de esclarecimento em conjunto com o movimento sindical para evitar o assédio moral;
- Criação de um canal de abertura com o banco para resolver os problemas que vem sendo relatados pelos trabalhadores e acompanhamento trimestral do programa e seus resultados.
Mais transparência de dados
Outro destaque da reunião foi em relação a transparência dos dados sobre o Programa de Readaptação. Os dirigentes cobraram da instituição financeira maiores informações sobre os participantes: a questão de gênero (quantos homens e mulheres fazem parte do Programa) e as doenças mais incidentes dos participantes.
A COE solicitou ao Itaú dados a respeito do número de bancárias e bancários afastados pelos benefícios acidentários (B91) e auxílio doença (B31). O banco ficou de averiguar a possibilidade de trazer este levantamento no próximo encontro.
A próxima reunião está agendada para o dia 7 de julho, na sede Itaú, em São Paulo.
Fonte: Contraf-CUT