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Encontro do jurídico da CUT/PR debate futuro do direito sindical

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10 de outubro 2017

A CUT Paraná realizou na sexta-feira (6/10), em Curitiba, um encontro para debater os impactos na representatividade sindical dos trabalhadores após a reforma trabalhista.

Durante o evento foi destacado que o governo Michel Temer (PMDB) esta se aproveitando de um momento de forte instabilidade e fragilidade politica no país, de paralisia das instituições e descaracterização dos interlocutores institucionais e, principalmente da dificuldade de reação dos Sindicatos frente à existência de 13 milhões de desempregados para atacar a Classe Trabalhadora.

Dirigentes dos Sindicatos e assessores jurídicos presentes no encontro também discutiram alternativas para sustentação financeira do movimento sindical brasileira, levando em conta a extinção do imposto sindical. “Temos que analisar bem como se dará a atuação das entidades após entrar em vigência a reforma trabalhista e denunciar o que está por trás desse governo que quer acabar com direitos importantes dos trabalhadores e massacrar a organização sindical existente no País”, avalia Nágila Slaibi, diretora do Sindicato de Londrina.

De acordo com Nágila, que participou do encontro em Curitiba, a CUT tem clareza que o imposto sindical em todos esses anos só contribuiu para pulverização das entidades sindicais e divisão de lutas, porem neste processo esta claro que a intenção do governo é enfraquecer e derrotar as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras.

“Também foram feitas reflexões e debates sobre os efeitos da reforma em relação à negociação coletiva. Foi avaliado que a reforma trabalhista vai comprometer seriamente o respeito aos direitos individuais e sociais da Classe Trabalhadora. Está se praticando uma violação dos direitos humanos garantidos pela Constituição e pelas normas de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil”, relata.

Foram abordados ainda todos os pontos que vão refletir no contrato de trabalho com a reforma, como, por exemplo, a ampliação do parcelamento de ferias; permissão que empregadas gestantes trabalhem em locais insalubres, redução de cotas para trabalhadores com deficiência e reabilitados, redução de cotas de aprendiz, eliminação da incorporação de gratificações e funções aos cargos, ampliação dos mecanismos de uso da hora extra, além de uma serie de mudanças que fragilizarão o trabalhador e comprometerão seu sustente e de sua família.

Por Armando Duarte Jr.